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Em semana de turbulência, Bovespa acumula queda de 7,92%

Entre os analistas, é consenso que o mercado ainda viverá um período de oscilação dos preços dos ativos. O que não se sabe é quanto isso vai durar

Por Agencia Estado
Atualização:

Na semana em que a Bolsa de Xangai caiu 8,8% em apenas um dia, despertando os investidores para a aversão ao risco, os mercados domésticos apresentaram forte oscilação. O dólar comercial subiu 2%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 7,92% e as taxas de juros oscilaram muito. Entre os analistas, é consenso que o mercado ainda viverá um período de oscilação dos preços dos ativos. O que não se sabe é quanto isso vai durar. É certo, porém, que a economia norte-americana continuará liderando os parâmetros que definirão a tendência dos ativos. Por isso, a agenda econômica da próxima semana passou a ganhar ainda mais importância. Nesta sexta-feira, as bolsas de Nova York voltaram a fechar em baixa. Foi a pior semana em mais de quatro anos. O índice Dow Jones - que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - recuou 0,98%, para 12.114 pontos. A Nasdaq - bolsa que negocia ações do setor de tecnologia e Internet - caiu 1,51%. Na Ásia, as bolsas tiveram fechamento variado hoje. Na China, o índice Xangai subiu. No Japão, o Nikkei fechou em baixa. Na Europa, o FT-100 ficou estável. Já as bolsas de Paris e de Frankfurt fecharam em queda, respectivamente de -0,62% e -0,56%. A lista de temores que afetou o mercado inclui a valorização do iene e as conseqüências para as operações de carry trade, em que investidores tomam empréstimos em moedas com baixo custo para investir em mercados com maior retorno. Também pesaram a diminuição da confiança do consumidor norte-americano em fevereiro e um alerta dado pelo investidor Warren Buffet sobre o crescimento da dívida dos Estados Unidos. A fraqueza do mercado acionário "teve a ver com a cobertura de riscos para o final de semana", disse Ernie Ankrim, estrategista-chefe de investimentos do Russell Investment Group.

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