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Em sessão volátil, dólar recua 0,2% com melhora externa

Por FABIO GEHRKE
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O dólar fechou em leve queda nesta quinta-feira, em sessão de forte volatilidade, acompanhando os movimentos das bolsas de valores norte-americanas em meio às incertezas dos investidores sobre a saúde financeira global e novas atuações do Banco Central no mercado doméstico. A moeda norte-americana caiu 0,18 por cento, a 2,160 real. Na semana, a divisa acumula baixa de 7,14 por cento. O dólar, que chegou a subir mais de 3 por cento durante as operações da manhã, seguiu o movimento de recuperação dos mercados acionários de Nova York e reverteu sua tendência nos últimos minutos de negócios. "O mercado está bastante volátil e emocional, operando ainda ao sabor das notícias", afirmou Luis Piason, gerente de operações de câmbio da corretora Concórdia. Após o mercado de câmbio fechar, as bolsas norte-americanas intensificaram suas altas e os principais índices encerraram com valorização de mais de 5 por cento, após inverter sua tendência diversas vezes durante o dia. Apesar do bom humor externo, a Bovespa terminou em território negativo. Piason ressaltou ainda que o cenário brasileiro também é pressionado pela dúvida dos investidores sobre se ainda existem empresas com problemas de posições nos mercados derivativos, que ganham ainda mais força com a chegada da temporada de divulgação de resultados. No fnal do último mês, a Aracruz e a Sadia divulgaram fortes prejuízos devido a posições equivocadas no mercado de dólar futuro. "A coisa não vai se resolver tão rápido", disse Mario Battistel, gerente da Fair Corretora. "Vamos continuar desse jeito (com grande volatilidade) por um tempo." Nesta quinta-feira, o Banco Central voltou a atuar no mercado cambial, realizando um leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, um leilão de venda de dólares no mercado à vista, e um leilão de swap cambial, em um esforço para conter a alta da moeda norte-americana. Piason, acredita que as atuações do BC devem ter efeito no médio prazo. Para ele, neste momento, a preocupação maior precisa ser a falta de linhas de créditos para exportadores. Neste sentido, a autoridade monetária divulgou nesta quinta-feira que poderá obrigar as instituições financeiras que usarem a janela de redesconto a direcionar parte ou o total do volume captado para financiar os exportadores. (Edição de Alexandre Caverni)

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