
22 de outubro de 2016 | 18h15
A greve das merendeiras atingiu as escolas estaduais de Marília, na última quinta-feira, quando as funcionárias interromperam o serviço por falta de pagamento do salário. A empresa terceirizada alegou que não tinha recebido o repasse da prefeitura. Com a promessa do pagamento ser feito no dia 25, elas retornaram ao trabalho na sexta. De acordo com o sindicato dos servidores, das 96 merendeiras que atendem a 30 escolas, 60 cruzaram os braços, num movimento inédito na cidade. As mulheres fizeram uma passeata e foram até a Câmara.
Em Cubatão, funcionários do Hospital Municipal saíram em passeata na quinta em protesto contra o atraso nos salários. O atendimento no hospital foi suspenso parcialmente. A prefeitura alegou que o contrato firmado com a gestora prevê que ela tenha capacidade para suportar eventuais atrasos nos repasses.
Uma greve de médicos por atraso de salários paralisou unidades de saúde de Sumaré. O juiz Gilberto Vasconcelos Pereira Neto, da 1.ª Vara Cível, determinou que a Associação Pró-Saúde, contratante dos profissionais, retome os serviços por serem essenciais. A entidade alega que não recebeu os repasses do município de agosto e setembro. A prefeitura informou que, pelo contrato, tem até 90 dias para pagar pelos serviços, mas vai reduzir o prazo.
Atrasos em repasses municipais levaram a Santa Casa de Igarapava a suspender as cirurgias eletivas. Desde que o hospital foi municipalizado o débito chega a quase R$ 300 mil. Sem receber, médicos pediram demissão. A prefeitura, que já foi notificada pelo Ministério Público, alega que os cortes se devem à “severa queda” na receita.
Em Americana, 10% dos 4,4 mil servidores estão em greve há oito dias por atraso nos salários, afetando o atendimento em 11 unidades de saúde, além de prejudicar o funcionamento de oito escolas e seis creches. Os serviços de coleta de lixo, sinalização urbana e limpeza de galerias também foram afetados. A prefeitura fez um depósito de R$ 550 para cada trabalhador e alega que apenas 3 mil ainda têm saldo a receber. O município está em estado de calamidade financeira.
Em Sorocaba, a prefeitura suspendeu a coleta seletiva de lixo em bairro do Além-Linha e desagradou moradores como o aposentado Eduardo Yamamura, de 73 anos, acostumado a separar o material em casa. “É pena, porque agora tudo o que é reciclável vai para o lixo comum.” Já o serralheiro Flávio Augusto, de 39 anos, ficou feliz com o corte de gastos que levou à suspensão do serviço. Com seu carrinho, ele percorre as ruas recolhendo o material reciclável. “Estou desempregado há dois anos e preciso sustentar mulher e dois filhos”, diz. Só de papel e plástico, ele coleta o suficiente para receber R$ 50 por dia.
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