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Em telefonema, China alerta EUA que irá defender seus próprios interesses comerciais

Vice-primeiro ministro chinês e secretário do Tesouro dos EUA conversaram por telefone neste sábado, 24

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Por Redação
Atualização:
Vice-primeiro ministro chinês, Liu He, oficializou queirá defender seus próprios interesses comerciais Foto: Mark Schiefelbein/Reuters

PEQUIM - Os Estados Unidos desrespeitaram as regras comerciais com uma investigação sobre propriedade intelectual e a China defenderá seus interesses, disse o vice-primeiro ministro Liu He ao Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em uma ligação telefônica neste sábado, 24, informou a mídia estatal chinesa.

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O telefonema entre Mnuchin e Liu, um confidente do presidente Xi Jinping, foi o contato de mais alto nível entre os dois governos desde que o presidente dos EUA Donald Trump anunciou planos para tarifas de até US$ 60 bilhões em produtos chineses na quinta-feira 22.

Um agravamento das diferenças têm provocado turbulências nos mercados financeiros e no mundo corporativo, com os investidores prevendo terríveis consequências para a economia global caso as barreiras comerciais comecem a ser levantadas.

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Diversos chefes executivos dos EUA, que participaram de um fórum de alto nível em Pequim neste sábado, incluindo Larry Fink, da BlackRock Inc., e Tim Cook, da Apple, pediram moderação.

Em seu telefonema com Mnuchin, Liu, um economista formado em Harvard, disse que a China ainda espera que os dois lados permaneçam “racionais” e trabalhem juntos para manter as relações comerciais estáveis, informou a agência oficial de notícias Xinhua.

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Autoridades dos EUA dizem que uma investigação de oito meses sob a Lei de Comércio dos EUA de 1974 descobriu que a China se envolve em práticas comerciais desleais, forçando os investidores americanos a entregar as principais tecnologias para as empresas chinesas.

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No entanto, Liu disse que o relatório investigativo “viola as regras do comércio internacional e não beneficia os interesses chineses, os interesses dos EUA ou os interesses globais”, segundo a Xinhua.

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