PUBLICIDADE

Publicidade

Embaixador deixa o cargo e sugere competição

Por Cláudia Trevisan e PEQUIM
Atualização:

Profundo conhecedor do Brasil e dono de um português impecável, o embaixador da China no País, Chen Duqing, está de malas prontas para voltar a Pequim e se aposentar. Seu substituto será o ex-embaixador na Espanha e na Bolívia, Qiu Xiaoqi. A mudança ainda não foi anunciada oficialmente, mas está prestes a ocorrer. Chen Duqing marcou sua passagem no País pela franqueza com que fala da concorrência entre Brasil e China. "Os empresários brasileiros devem ser mais criativos para conquistar o mercado chinês. É melhor entrar em ação. Quanto mais cedo, mais rápido. O melhor é competir, não reclamar", afirmou o embaixador em 2007 durante seminário no Rio de Janeiro. Chen Duqing também repete que a China é mais aberta do ponto de vista econômico do que o Brasil e é defensor ardoroso da globalização. O embaixador integrou a missão que negociou o restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países nos anos 70 e, antes de assumir o cargo, já havia vivido cerca de dez anos no Brasil nas décadas de 80 e 90. O embaixador vai se aposentar por ter ultrapassado os 60 anos de idade estabelecidos como limite para o topo da carreira diplomática. Qiu Xiaoqi fala espanhol e, apesar de não ter familiaridade com o Brasil, possui uma longa experiência em outros países da América Latina. Antes de se mudar para Madri, foi embaixador na Bolívia e conselheiro da Embaixada da China no Chile. Também trabalhou no Peru e em Cuba. A troca ocorre em um ano que será especialmente intenso na relação bilateral. Nesta semana, o vice-presidente chinês Xi Jinping estará em Brasília para encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda no primeiro semestre, Lula deverá realizar sua segunda visita de Estado à China. Já o primeiro-ministro Wen Jiabao deverá estar no Brasil na segunda metade do ano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.