PUBLICIDADE

Embraer diz que não tem medo da Bombardier

Por Agencia Estado
Atualização:

Em nota oficial, a Embraer, fabricante brasileira de aviões, afirmou nesta quinta-feira que não tem medo de competir com a Bombardier. "Ao contrário das declarações atribuídas a um porta-voz da Bombardier, não existe medo de competição. Há o temor quando a competição é apoiada por práticas comerciais injustas", alfinetou. A empresa canadense estaria tentando obter recursos do governo do Canadá, no valor de US$700 milhões, para desenvolver sua nova linha de jatos com capacidade de lugares que variam de 100 a 135. Nesta semana, o presidente da Embraer, Mauricio Botelho, já tinha considerado a atitutde ilegal, de acordo com as normas da OMC (Organização Mundial do Comercio). No comunicado, a empresa questionou por que motivos a canadense não obedece às regras da competição do mercado de aviação mundial, como ela faz. Para argumentar o questionamento, a Embraer informou que investiu US$1 bilhão no desenvolvimento da família de novos jatos EMBRAER 170/190, "sem qualquer apoio governamental". E garantiu que seguirá o mesmo caminho, "sem o apoio do governo federal e com os mesmos procedimentos legais e transparentes", para expandir seu portfólio de jatos executivos com os minijatos Very Light e Light. Segundo a empresa brasileira, esses investimentos "preocupam o competidor", referindo-se à Bombardier. Para a Embraer, as matérias publicadas na imprensa mundial têm a vã tentativa de confundir a opinião pública com relação à imagem da empresa. "A empresa canadense busca justificar o injustificável e se utiliza de subsídios governamentais para contrapor-se à competitividade técnica superior de seus concorrentes, distorcendo de forma condenável os princípios e regras estabelecidos para o comércio internacional e prejudicando o desenvolvimento econômico e social das nações atingidas". A Embraer também negou, por meio do comunicado à imprensa, que se utiliza de contratos militares para conseguir recursos junto ao Governo Federal para financiar seus projetos. Na nota oficial, a empresa fez questão de mostrar em números que não precisa de recursos da União para garantir seu desempenho no mercado. Por meio da divulgação de números, argumento que o faturamento dos últimos cinco anos totalizou US$14,8 bilhões e que deste montante, somente 4%, ou US$ 500 milhões, foram de aeronaves vendidas para a Força Aérea Brasileira. Segundo a empresa, no mesmo período, a FAB recebeu 16 aeronaves, incluindo os oito aviões ISR, os sete Super Tucanos e um AMX. A empresa também fez questão de destacar, para refutar as declarações publicadas na imprensa de que estaria recebendo benefícios do governo, que nos últimos cinco anos, investiu US$1,1 bilhão em pesquisas e desenvolvimento de novos projetos da aviação comercial e executiva, assim como na expansão da empresa no mundo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.