
25 de fevereiro de 2016 | 16h30
O presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou nesta quinta-feira, 25, estar "super otimista" com as aeronaves da segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais, ressaltando que os novos jatos darão continuidade ao sucesso do segmento de aviação comercial da companhia.
"Estamos super otimistas com esse avião. É um avião que vai entrar no mercado em dois anos, e nunca tivemos uma aeronave com tamanha demanda assegurada com dois anos de antecedência", disse o executivo, em conversa com jornalistas.
A Embraer apresentou hoje, em cerimônia realizada em São José dos Campos (SP), o E190-E2, primeiro jato da segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais, os E-Jets E2. O voo inaugural da aeronave está programado para o segundo semestre de 2016, com entrada em serviço prevista para 2018.
O programa E2 foi lançado em junho de 2013 com um investimento de US$ 1,7 bilhão, visando a manutenção da liderança da Embraer no segmento de aviões de 70 a 130 assentos. Os novos jatos possuem motores e equipamentos de alto desempenho e mudanças aerodinâmicas que resultarão em menores custos de manutenção e consumo de combustível.
Desde o lançamento do programa, os E-Jets E2 já receberam 640 pedidos, sendo 267 firmes e 373 opções e direitos de compra. O E190-E2 terá o mesmo número de assentos do atual E190, podendo ser configurado com 97 ou 106 assentos.
Segundo Curado, a nova geração de E-Jets representa uma continuidade do sucesso do segmento de aviação comercial da Embraer, destacando que atualmente mais de 60 empresas utilizam as aeronaves da companhia em suas frotas. "O KC-390 e o E2 são os aviões mais modernos da Embraer".
Em relação ao KC-390, o executivo afirmou que a aeronave colocou a Embraer em um patamar diferenciado no segmento militar "Em comercial, estamos bem estabelecidos, mas em militar ainda somos muito pequenos. O KC puxa a empresa para um nível diferenciado no mundo".
Irã. Curado também afirmou que as conversas da empresa com o Irã ainda estão num estágio inicial, e que ainda não há nenhum tipo de definição quanto à venda de aeronaves para o país.
"Nós só começamos a conversar após o fim do embargo, semanas atrás. Estamos começando agora o trabalho de marketing", disse Curado. "A discussão está muito preliminar, não há nada iminente".
No início da semana, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que o governo do Irã negocia um pacote de compras com o Brasil que inclui 50 aviões da Embraer e mais de 100 mil táxis a gás, de acordo com uma fonte do Palácio do Planalto. A negociação avançou no dia 11 de fevereiro, quando a presidente Dilma Rousseff recebeu, em Brasília, o embaixador iraniano, Mohammad Ali Ghanezadeh.
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