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Embraer prevê entrega de 435 aviões até 2004

Por Agencia Estado
Atualização:

A Embraer anunciou nesta sexta-feira que deverá entregar 435 aviões entre 2002 e 2004, sendo 132 unidades este ano, 148 em 2003 e 155 no ano seguinte. As previsões iniciais para este ano foram reduzidas em pelo menos três unidades, por causa do adiamento de entregas para 2003 solicitados por dois clientes. A fabricante de aviões também divulgou um estudo que mostra que o mercado aéreo mundial deverá absorver 8.610 novos jatos de 30 a 120 passageiros nos próximos anos, num valor aproximado de US$ 180 bilhões. Segundo o vice-presidente corporativo e de relações com o mercado da Embraer, Antonio Luiz Pizarro Manso, o adiamento nas entregas de modelos 170 para a companhia aérea suíça Swiss, divulgado nos últimos dias, não deverá modificar as previsões de entregas de 2003. O executivo também afirmou que a receita das vendas da empresa tende a aumentar em 2004, quando um número maior de aviões da família 170 serão entregues. Os aviões da família 145, de 30 a 50 assentos, responderão por 74% das entregas previstas para 2003 e cairão para 55% em 2004, informou a empresa. Já os da família 170, com capacidade média de 70 a 100 passageiros, passarão de 12% para uma fatia de 29% das entregas nos dois próximos anos. O aumento da participação dos aviões de maior porte nas vendas da empresa é importante porque, segundo as previsões da própria Embraer, as aeronaves de 90 a 120 assentos tendem a conquistar expressiva fatia do mercado nos próximos anos. No segmento de 100 assentos, segundo especialistas em aviação, a Embraer leva vantagem sobre os concorrentes com os modelos 190 e 195. Esses aviões, que ainda não começaram a ser produzidos em série, são produtos em desenvolvimento que têm como principais rivais o Boeing 717, projetado há mais de 20 anos, e o Airbus 319, que foi feito com base nos projetos de modelos maiores fabricados pela mesma empresa. A Bombardier tem, como concorrente mais próximo do 190, o CRJ 900, que no entanto é configurado para um número menor de assentos. "Estamos fazendo previsões conservadoras, esperando uma recuperação maior do mercado a partir de 2004. Mas se a demanda subir antes disso vamos estar prontos para atendê-la", afirmou. Manso ainda disse ver com bons olhos o fato de 85% das entregas previstas para 2003 serem representadas por pedidos firmes. Em 2004, o índice cai para 80%.

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