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Embratel dispara 65,9% em agosto

Boatos resultantes da concordata da WorldCom fazem ações da Embratel disparar 65,9% no mês passado. Especialistas também destacam relevância do aumento do peso da empresa na nova carteira do Ibovespa.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Embratel foi o grande destaque do mercado de ações no mês de agosto. As ações da companhia ganharam fôlego e recuperaram parte das perdas que foram acumuladas no ano devido à situação financeira da operadora e à concordata da controladora, a WorldCom. Segundo pesquisa com dados da Economática, as ações preferenciais da Embratel dispararam 65,9% e lideraram as altas do mercado. As ordinárias avançaram 38,7%. Vários rumores rondaram a empresa em agosto, mas não havia consenso nem forte credibilidade em relação às histórias. Comentou-se desde a venda da companhia até a flexibilização das regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre troca de controle. As expectativas em relação à compra da Intelig pela Brasil Telecom (BrT) também ajudaram a Embratel. O mercado passou a cogitar que a BrT pagaria um valor elevado pela Intelig, o que poderia levar os analistas a ajustarem a avaliação que fazem da Embratel. Especialistas de mercado, como gestores e administradores de carteiras, também destacaram a relevância do aumento do peso da empresa na nova carteira do Ibovespa, que vale desde segunda-feira. As ações PN da Embratel saíram de 2,82% no portfólio vigente para 4,64%. Já as ON passaram de 0,85% para 0,93%. A Eletropaulo também apresentou desempenho positivo em agosto: as ações preferenciais subiram 46,3%. Em contrapartida ao clima de descrédito dos meses anteriores, o mercado passou a esperar que a empresa finalmente consiga renegociar as dívidas de curto prazo. No final do mês, a Eletropaulo anunciou que estendeu por duas semanas o prazo do vencimento, previsto para 26 de agosto, do empréstimo sindicalizado de US$ 225 milhões, liderado pelo JP Morgan. "Durante este período deverão ser concluídas as negociações e subseqüente documentação para a renovação do crédito", dizia o comunicado da empresa, que já pagou 15% do valor do principal. A companhia também pagou US$ 120 milhões em "commercial papers", utilizando os recursos do BNDES, e renegociou uma obrigação de US$ 60 milhões, vencida na segunda semana de agosto, por um prazo final de 18 meses. A empresa ainda iniciou a renegociação de debêntures. A volátil Inepar também teve performance exemplar em agosto. As ações PN da Inepar Indústria e Construções subiram 35,3% e as PNA da Inepar Energia avançaram 23,5%. A companhia renegocia dívidas com os credores, para alongar os vencimentos e esticar os prazos de suas obrigações. Segundo uma fonte que acompanha o processo, os 15 bancos credores reclamam da falta de abertura de informações financeiras da empresa. A dívida com as instituições soma cerca de R$ 250 milhões, com uma parte já vencida. "A situação está complexa", disse a fonte. Nesta sexta-feira, a Inepar Indústria e Construções anunciou prejuízo de R$ 93,982 milhões no primeiro semestre do ano, com aumento de 936,07% em relação à perda de igual período de 2001. Outras altas expressivas do mercado de ações foram de Mendes Jr PNB (58,3%), Banese PN (51,4%), Tectoy PNA (50%) e Kuala PN (50%).

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