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Embratel eleva provisão para devedores duvidosos

Alegando problemas de cobrança, a companhia afirmou que elevou sua provisão para devedores duvidosos, que em 2000 chegou a R$ 551 mi.

Por Agencia Estado
Atualização:

A dificuldade da Embratel em cobrar as contas de seus clientes fez a companhia elevar sua provisão para devedores duvidosos, que totalizou R$ 551 mi no ano passado. A companhia não disponibilizou esse dado referente a 1999 para comparações. A medida teve impacto direto nos números da operadora e foi tomada para que os investidores pudessem analisar de forma mais clara os problemas de cobrança enfrentados pela Embratel no período. Uma das dificuldades enfrentadas pela companhia, segundo seu presidente, Jorge Luiz Rodriguez, foi a demora nas operadoras locais para enviar os dados à Embratel. Antes essa cobrança era feita por meio dessas operadoras, que cobravam muito caro pelo serviço. Por conta disso, a Embratel decidiu montar seu próprio sistema de cobrança, que durante 2000 passou por uma série de ajustes. Com os investimentos de cerca R$ 200 mi, a empresa espera melhorar esse sistema e agilizar a cobrança para os clientes. "Em três meses recebemos mais de sete milhões de mudanças de números vindas das outras teles. Se isso for recebido de maneira tardia tem impacto na cobrança das contas", afirmou o diretor financeiro da empresa, José Maria Zubiria. Outro problema é que a Embratel estava recuperando contas antigas e teve que fazer mais de 330 mil negociações com clientes para saldar dívidas. Depois desse processo de recuperação das contas, a companhia alertou que em 2001 será rigorosa na cobrança e o cliente que não pagar terá seu acesso cortado. Banda C - Jorge Luiz Rodriguez afirmou que a empresa vai analisar a possibilidade de disputar o leilão da banda C se as regras mudarem e permitirem a entrada de empresas que já operam em telefonia fixa no País. Entretanto, ressaltou que qualquer posição só será tomada após o governo divulgar oficialmente possíveis alterações nas regras do leilão. O executivo explicou que a decisão de não entrar na disputa pelas bandas D e E foi tomada porque o preço mínimo fixado foi considerado muito elevado. Além disso, não havia garantias de que a operadora pudesse trabalhar em todo País. "A Embratel é uma companhia nacional e o governo dividiu a disputa em três regiões", explicou Rodriguez.

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