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Embratel x Procon: briga continua

A estratégia da Embratel contra as ações nos Procons contra a cobrança indevida de serviços de telessexo será divulgação de peça publicitária. O Procon do Rio notificou a Embratel sobre atrasos nas respostas e soluções aos consumidores.

Por Agencia Estado
Atualização:

A estratégia da Embratel para se livrar das futuras ações de usuários nos Procons contra a cobrança indevida de serviços de telessexo será a divulgação de peça publicitária nos classificados dos jornais, aos lado das propagandas do serviço a partir do dia 13. No anúncio, a companhia, além de negar que tenha ligação com qualquer empresa que preste este serviço, também informará que a tarifa cobrada é internacional. Atualmente, a companhia tem mais 1 mil ações de assinantes nos Procons do País por causa deste serviço. Somente no estado do Rio, cerca de 30% das 800 ações contra a empresa, são relativas a cobrança indevida de ligações ao telessexo. De acordo com o vice-presidente de marketing da Embratel, Eduardo Levy, a empresa não está cobrando os usuários indevidamente pois, na maior parte das vezes, são os próprios clientes que não sabem que, ao acessar um serviço de telessexo, estão fazendo uma chamada internacional. O Procon do Rio de Janeiro notificou ontem a Embratel sobre a abertura de inquérito administrativo porque ela está atrasando a resposta ao órgão de defesa e as soluções aos usuários. O prazo médio de resolução dos problemas no Procon é de 20 a 30 dias e a Embratel soluciona os casos entre 60 e 90 dias. Segundo o coordenador geral do Procon-RJ, Átila Nunes Neto, a empresa chama a operadora local de telefonia fixa do Rio, a Telemar, para participar do processo como acusada como forma de atrasar a solução. Atraso Outro tipo de reclamação freqüente nos Procons é a cobrança de ligações com atraso de mais de 90 dias para as ligações de longa distância nacional e de 150 dias para as internacionais. Para a Embratel, o usuário é obrigado a pagar o débito. "Não é que eu não deva cobrar a conta depois desse prazo; tenho que dar o direito ao cliente de, através de um acordo, realizar um parcelamento dessa dívida", afirma o vice-presidente de Marketing da Embratel. Segundo Levy, o problema ocorre porque nem sempre a empresa tem capacidade de saber a origem da ligação, uma vez que são as empresas de telefonia locais que fornecem o cadastro dos clientes. Para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as cobranças dos serviços devem ser negociadas entre prestadoras e assinantes. A Embratel entende, no entanto, que neste texto, não se estabelece o fim da dívida do usuário.

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