PUBLICIDADE

Emergentes devem receber US$731bi em capital privado em '08--IIF

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Os mercados emergentes atraíram em 2007 fluxo recorde de capital privado de 782 bilhões de dólares e, apesar das perspectivas de desaquecimento global, devem sustentar um ritmo ainda forte de ingressos este ano, na avaliação do Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês). Reunido no Rio de Janeiro, o IIF estima que o fluxo líquido de capital privado para essas economias será de 731 bilhões de dólares em 2008. Enquanto a China deve se destacar como destino de investimentos estrangeiros diretos, Brasil e Índia podem dominar o fluxo no segmento de ações. "Não há dúvida de que muitos países emergentes estão seguindo para o centro do palco na economia mundial e estão contribuindo para o crescimento global hoje", avaliou o vice-chairman do conselho do IIF, Francisco Gonzalez (BBVA). "Temos uma economia global mais balanceada com um número maior de centros de crescimento que podem contribuir para um ambiente econômico saudável." A projeção do IIF é de que as economias desenvolvidas crescam 1,8 por cento este ano, abaixo dos 2,3 por cento que devem ter registrado em 2007. Para os emergentes, a associação global que reúne as instituições financeiras prevê expansão de 6,6 por cento, ante 7,3 por cento no ano passado. O prognóstico apenas para a América Latina é de crescimento de 4,4 por cento este ano, também uma desaceleração frente aos 5,3 por cento no ano passado. O IIF estima que os investimentos estrangeiros diretos para países emergentes sejam de 286 bilhões de dólares, ante 256 bilhões de dólares no ano passado, com destaque para a China. Na América Latina, o fluxo de investimentos diretos este ano deve alcançar o recorde de 55 bilhões de dólares visto no ano passado. No mercado acionário, a projeção é de ingresso de 39 bilhões de dólares nos países emergentes em 2008, frente a 43 bilhões de dólares no ano passado. "Brasil e Índia devem dominar esse fluxo e a projeção é de que recebam cerca de 23 bilhões e 20 bilhões de dólares, respectivamente, este ano", prevê o novo relatório do IIF. (Por Daniela Machado; Edição de Alexandre Caverni)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.