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Emergentes não podem frear nem acelerar, diz Mantega

Por Nalu Fernandes
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a preocupação dos países emergentes é com a retração da economia mundial que virá com a crise financeira, principalmente para exportadores de commodities. No caso do Brasil, disse que é possível haver redução da renda e do emprego. Em entrevista na sede do FMI como presidente do G-20, Mantega acrescentou que os países emergentes "não podem pôr o pé no freio nem no acelerador. Temos de ser prudentes, vamos ter de conviver com menos crédito e juros mais elevados". Depois do encontro do grupo que reúne países industrializados e em desenvolvimento, Mantega disse ainda não acreditar em nenhuma solução que caminhe para restrição de movimento de capital ou restrição de comércio. No Brasil, em particular, "não pretendemos colocar o pé no freio da economia. Temos de fazer ajustes, mas estes ajustes não vão no sentido de desacelerar o crescimento". O ministro reiterou que, no caso do Brasil, são menores os efeitos da crise que as economias avançadas estão experimentando. Mas com a falta crédito, o custo financeiro e a saída de capitais das Bolsas, e aprofundamento da crise, há conseqüências maiores para emergentes, reconheceu. Mantega admitiu que a crise vai levar à redução do nível de crescimento dos países. "Esperamos crescimento quase zero dos EUA e União Européia para o segundo semestre de 2008 e crescimento pequeno para o próximo. Cabe aos emergentes fazerem políticas anticíclicas para manter certo nível do crescimento mundial e neutralizar a queda do crescimento causado pelos países avançados". O ministro disse esperar uma "desaceleração moderada" para o Brasil, entre 4% e 4,5%. "Estaremos satisfeitos com esse patamar", afirmou. O País, disse tem condições de enfrentar uma crise como a atual e de substituir o mercado externo por um interno mais vigoroso.

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