05 de novembro de 2014 | 02h01
Nos últimos anos, a Emgea, que ganhou experiência no mercado, manteve contato com vários órgãos públicos para adquirir mais contratos atrasados. A lista inclui não só a Caixa, mas também o Banco do Brasil e até o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que não fizeram parte da transferência de créditos de 2001.
O BB, porém, tem sua própria empresa de renegociação de dívidas - a Ativos. Atualmente, a Emgea tem R$ 17 bilhões de ativos totais, boa parte representada pelos contratos habitacionais da primeira leva que estão nas últimas tentativas de renegociação - apelando até para a judicialização dos casos.
Cerca de 100 funcionários - a maior parte cedida por Caixa e BB - trabalham na empresa ligada ao Ministério da Fazenda. A parte mais difícil do trabalho é chegar em um "parâmetro justo" de descontos das dívidas, informou a empresa.
Essa análise passa não só pelo ministério, mas também pelos órgãos de controle e fiscalização federais. Nessa conta, pesa a probabilidade de quitação do financiamento com o desconto concedido. A empresa privilegia a busca de solução negociada para os conflitos que envolvem contratos habitacionais.
No entanto, nem sempre é possível e alguns imóveis são retomados. Até o fim de agosto deste ano, a empresa já leiloou 30 mil imóveis. A estatal é proprietária de outros 1.675 imóveis que estão aptos à venda e de 2.334 com pendências que, no momento, impedem sua alienação.
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