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Emirados árabes anunciam mais investimentos em empresas

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

Outras duas iniciativas de aporte de recursos de governos dos Emirados Árabes Unidos foram anunciadas hoje, seguindo-se à elevação da participação do governo de Abu Dhabi no banco norte-americano Citigroup, divulgada hoje cedo, e à aquisição de uma "substancial participação" na Sony pelo braço de investimentos de Dubai ontem. O Mubadala Development Co. anunciou oficialmente hoje a aquisição de uma participação de 8,1% na companhia de tecnologia Advanced Micro Devices (AMD). Já o Dubai Internacional Capital (DIC) anunciou que pretende captar US$ 600 milhões e buscar outras aquisições em mercados emergentes. O Mubadala Development é braço de investimento do governo do Emirado de Abu Dhabi e recentemente adquiriu uma participação de 7,5% no Carlyle Group (grupo de private equity - fundos que compram participações em empresas). O anúncio da aquisição de participação na AMD confirma operação que havia sido divulgada no meio do mês, no valor de US$ 622 milhões. O maior veículo de investimento do Emirado de Abu Dhabi, entretanto, é a Autoridade de Investimento de Abu Dhabi (ADIA), que hoje anunciou injeção de US$ 7,5 bilhões no Citigroup e disse estar em busca de outros investimentos semelhantes. Com ativos de US$ 875 bilhões - segundo dados divulgados em julho pela Economist Intelligence Unit - o ADIA é o maior fundo soberano do mundo. O Emirado de Abu Dhabi, o maior emirado dos sete que compõem os Emirados Árabes Unidos, cobre mais de 86% do território, que detém a quinta maior reserva de petróleo do mundo, cujo superávit com o petróleo é direcionado ao ADIA. Este ano, a ADIA gastou US$ 40 bilhões na aquisição de ativos estrangeiros, segundo estimativas do National Bank of Abu Dhabi, entre os quais uma tímida participação no private equity norte-americano Apollo Management LP, no meio do ano. O fluxo de investimentos do Oriente Médio tem aumentado recentemente, com os fundos de países com receitas recordes de petróleo aproveitando a crise global do crédito para adquirir participações em companhias ocidentais a preços baixos. Com informações de agências internacionais.

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