O mercado de debêntures - títulos de empresas privadas que pagam aos investidores uma taxa de juros - deve fechar o ano de 2004 com emissões que somam R$ 13,5 bilhões. É um valor muito próximo do recorde de 2001 de R$ 15 bilhões. A informação é do presidente Associação Nacional das Instituições de Mercado Financeiro (Andima), Edgar da Silva Ramos, que atribuiu o resultado à retomada do crescimento. Até o momento, foram registradas 34 emissões, no valor de R$ 8,845 bilhões, o que já indica um aumento de 67% em relação a 2003. A Andima prevê que o valor suba até dezembro, porque existem mais R$ 4,7 bilhões de emissões em análise na Comissão de Valores Mobiliários. Para 2005, a expectativa da Andima é de continuidade de crescimento, com a emissão de debêntures superando o recorde desde a implantação do Plano Real, que ocorreu em 2001. Silva Ramos não arriscou uma projeção, apenas admitindo que, no final de 2003, a instituição não esperava o resultado obtido em 2004."Em 2005, vamos ter um ano melhor", disse Silva Ramos. Destaques A Andima destacou o trabalho de precificação de debêntures iniciado em janeiro deste ano que hoje engloba 31 títulos em 20 instituições. Segundo ele, estes títulos representam quase a totalidade dos negócios. Para 2005, a Andima deve avançar com três novos serviços: a divulgação, a partir de abril ou maio, dos PUS, calculados com base nas taxas médias difundidas pela Andima; a inclusão das debêntures no sistema denominado Confere que faz cálculos para títulos públicos federais; um sistema de comparação de curvas, que permitirá a montagem de estruturas a termo de juros com base nas informações das taxas dos títulos públicos federais apuradas pela Andima deve ser disponibilizado em meados de 2005, ainda sem data definida.