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‘Empreender está no DNA dos brasileiros’

Em busca de sucesso financeiro, pessoas que criaram negócios rentáveis dizem os motivos pelos quais vale a pena ser o próprio patrão

Por Cris Olivette
Atualização:

SÃO PAULO - Trabalhando há vários anos no Serviço de Apoio às Pequenas e Micro Empresas de São Paulo (Sebrae), o diretor superintendente Bruno Caetano concluiu que o brasileiro possui dois sonhos: ter uma casa própria e ser seu próprio patrão. "Esse tipo de atividade está no nosso DNA." E quem se deixou levar pelos "genes" e abriu seu negócio fala das vantagens de ser empresário. Para Leonardo Silva Leandro, dono da Expansão Prestação de Serviços, que fornece mão de obra, o empreendedor busca independência não só financeira, mas também de ideias. "Um dos grandes benefícios é ter liberdade para tomar decisões, acertar e errar, poder corrigir e ir aprendendo nesse percurso. Isso é que faz valer a pena empreender." Segundo ele, é gratificante conseguir transformar um sonho em algo real e lucrativo. "Além disso, o que mais gosto é poder investir no crescimento do ser humano, um bem que precisa ser cuidado." Sócio da rede de escolas de inglês de origem curitibana inFlux, Ricardo Leal acha que vale a pena empreender, porque há mais perspectivas profissionais. "Trabalha-se muito mais, mas com mais prazer, porque fazemos o que gostamos e do jeito que achamos correto." Para obter sucesso, ele considera importante ter um plano de ação bem elaborado. "O mais gostoso de ter um negócio bem sucedido é a sensação de estar contribuindo socialmente, não só para o crescimento profissional dos funcionários, mas também das pessoas que dependem deles", afirma o empresário Raul Corrêa da Silva, da empresa de auditoria BDO RCS. "O Brasil é um País eminentemente empreendedor, isso faz parte do espírito do nosso povo." No entanto, o consultor em desenvolvimento de negócios Batista Giglotti, o brasileiro é bastante criativo e tem jogo de cintura, mas ainda é avesso ao risco. "Isso se deve aos inúmeros sobressaltos que tivemos na nossa economia. Já os mais jovens, que viveram um período maior de estabilidade, estão arriscando mais, porém de forma muito mais planejada." Caetano, do Sebrae, informa que após 2004, mais empresas passaram a ser abertas por oportunidade, e não mais por necessidade. Além disso, questões estruturais contribuíram para a expansão e consolidação dos negócios. "Uma série de mudanças legislativas contribuíram para que mais brasileiros realizassem esse sonho, entre elas a Lei Geral das MPEs, que trouxe diversos benefícios para os micro e pequenos empreendimentos", diz. Pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor divulgada este ano apontou o Brasil como o País com a maior taxa de empreendedorismo entre os membros do G-20 e os emergentes.

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