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Emprego e renda da indústria caem em novembro

Índice de emprego industrial caiu 0,2% ante outubro; queda da renda foi de 4,2%

Por Agencia Estado
Atualização:

O emprego industrial registrou queda de 0,2% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, segundo divulgou nesta segunda-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro do ano passado, o emprego na indústria cresceu 0,6%, na maior variação apresentada na comparação ante igual mês de ano anterior desde julho de 2005. No acumulado do ano, o emprego industrial acumula queda de 0,2% até novembro, mesmo resultado apurado no acumulado de 12 meses. Segundo o economista André Macedo, da coordenação de indústria do IBGE, o emprego industrial prosseguiu num quadro de "estabilidade" em novembro porque os segmentos mais empregadores permanecem com desempenho ruim na produção e, em conseqüência, no mercado de trabalho. Para ele, a queda de 0,2% no emprego industrial configura um quadro de estabilidade. "Provavelmente essa estabilidade ocorreu porque os setores mais empregadores sejam os que não estejam com resultados satisfatórios na produção, como vestuário e calçados", avalia. Na comparação de novembro com igual mês de 2005, para a qual há dados setoriais, os ramos com queda mais forte no número de ocupados foram calçados e artigos de couro (-13,0%) e vestuário (-5,3%). Apesar da estabilidade diagnosticada no emprego da indústria, Macedo considera um bom presságio o aumento de 0,6% na ocupação em novembro ante igual mês do ano passado, coroando cinco resultados positivos nessa base de comparação. Renda A folha de pagamento real da indústria reverteu a trajetória de alta ante mês anterior registrada por três meses consecutivos, e registrou queda de 4,2% em novembro ante outubro, puxada pela indústria de transformação, com recuo de 4,4%. A indústria extrativa registrou um aumento de 2,5% na folha no período. Segundo Macedo, esse é o máximo de detalhamento a que é possível chegar no indicador comparativo a mês anterior, já que não há dados setoriais. De acordo com ele, não é possível definir qual o motivo da queda na folha ante mês anterior após três meses consecutivos de expansão. "É preciso esperar dezembro para checar se o movimento persiste", disse, acrescentando que provavelmente o recuo não reverte a tendência de recuperação da renda na indústria e "pode ser um movimento isolado, uma acomodação". A folha apresentou aumento de 1,4% ante novembro de 2005, mas o crescimento foi bem inferior ao apresentado em outubro ante igual mês do ano anterior (5,3%). No acumulado de janeiro a novembro de 2006 a folha industrial cresceu 1,3%, o que mostra que o rendimento da indústria teve no ano passado um desempenho melhor do que o emprego do setor. Matéria ampliada às 16 horas

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