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Emprego formal cresce em todas as regiões do País

Por EDUARDO RODRIGUES E CÉLIA FROUFE
Atualização:

Todas as regiões do País registraram elevação no número de empregos formais em julho, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho. A Região Sudeste obteve o melhor saldo no mês, com a criação de 90.905 postos de trabalho, seguida do Nordeste, com 40.675 novas vagas formais. Já a Região Sul, com saldo de 7.586 empregos, teve o melhor resultado para julho desde o início da série histórica em 1992.De acordo com os dados do Caged, a Região Norte registrou elevação de 12.010 postos de trabalho, mas os Estados de Roraima e Amapá registraram a eliminação de 120 e 23 vagas, respectivamente. Na Região Centro-Oeste, o crescimento foi de 10.620 empregos, embora o Distrito Federal tenha perdido 78 postos no mês.Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, as variações negativas nas três unidades da Federação foram casos isolados e não refletem uma tendência. O ministro manteve a previsão de que, no ano, haverá um saldo de 2,5 milhões de novas vagas de trabalho formal, apesar de julho ter registrado, pela terceira vez consecutiva, uma diminuição no volume de criação de empregos com carteira assinada em relação ao mês anterior. Segundo ele, há possibilidade de atingir a meta de 2010 porque espera-se uma nova retomada de recordes na geração de empregos a partir deste mês."Não esperamos novos aumentos das taxas de juros. Até o Banco Central está otimista de que teremos quatro ou cinco meses finais do ano muito fortes na geração de empregos", disse, citando, mais uma vez a autoridade monetária. "Serão meses sequencialmente de recordes."Para o ministro, o esfriamento na geração de empregos nos últimos meses nada mais foi do que uma readequação do mercado ao crescimento "muito forte" do começo do ano. "A adequação foi muito positiva. Estamos mal acostumados com recordes", minimizou. Em janeiro, segundo o Caged, foram criadas 181 mil novos postos de trabalho. Em fevereiro, o volume saltou para 209 mil; em março, para 266 mil, atingindo o recorde do ano em abril, quando ficou em 305 mil. A partir de maio, houve desaceleração dos números, para 298 mil e 213 mil em junho. No mês passado, houve geração de 181,8 mil postos.Lupi salientou ainda que a perspectiva do Ministério da Fazenda é mais conservadora do que a do Ministério do Trabalho. A projeção da Fazenda é de criação de 2,3 milhões de postos este ano com carteira assinada.

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