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Emprego na indústria tem maior queda desde 2009

Em abril, tanto em relação a março quanto na comparação com o mesmo período do ano passado, indicador registrou o maior recuo em seis anos

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

RIO - O emprego na indústria recuou 0,9% na passagem de março para abril, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior queda nesta comparação desde fevereiro de 2009 (-1,3%). Com o resultado, o emprego industrial acumula recuos de 4,8% no ano e de 4,1% em 12 meses.

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Já na comparação com abril de 2014, o emprego industrial apontou queda de 5,4% em abril deste ano, a mais intensa desde setembro de 2009 (-6,1%). Trata-se do 43º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto.

Segundo o órgão, na comparação interanual foram registradas reduções no contingente de trabalhadores em todos os 18 ramos avaliados no período, com destaque para meios de transporte (-10,5%), produtos de metal (-10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,4%), alimentos e bebidas (-2,7%), máquinas e equipamentos (-6,8%), outros produtos da indústria de transformação (-8,7%), calçados e couro (-7,9%) e vestuário (-5,4%). 

Número de horas pagas pela indústria recuou 1,1% em abril em relação a março Foto: José Patrício/Estadão

Horas pagas. O número de horas pagas pela indústria recuou 1,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. Já no confronto com abril de 2014, a redução no indicador foi de 6,0%, a 23ª taxa negativa nesse tipo de comparação e a mais intensa desde setembro de 2009 (-6,1%). Com o resultado, o número de horas pagas na indústria acumula queda de 5,4% no ano e recuo de 4,8% em 12 meses.

Na comparação com abril do ano passado, todos os 18 setores apontaram taxas negativas, com destaque para meios de transporte (-11,5%), alimentos e bebidas (-3,3%), produtos de metal (-11,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,2%), máquinas e equipamentos (-7,5%), calçados e couro (-11,6%), outros produtos da indústria de transformação (-8,8%), vestuário (-5,5%), metalurgia básica (-7,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,9%), minerais não-metálicos (-3,8%), papel e gráfica (-3,7%) e indústrias extrativas (-4,6%).

Folha de pagamento. O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria caiu 0,9% em abril ante março, já descontados os efeitos sazonais. Com o resultado, o índice acumula queda de 5,0% no ano e redução de 3,3% em 12 meses.

Na comparação em 12 meses, o resultado é o mais negativo desde dezembro de 2003, quando o valor real da folha de pagamento da indústria acumulava retração de 4,2%.

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Em relação a abril de 2014, a folha de pagamento real diminuiu 5,3% em abril deste ano, a 11ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. As perdas nesta base foram registradas em 15 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para meios de transporte (-11,1%), máquinas e equipamentos (-5,4%), produtos de metal (-9,8%), alimentos e bebidas (-3,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,3%) e metalurgia básica (-8,9%).

Por outro lado, o setor de borracha e plástico, com crescimento de 1,6%, assinalou a principal influência positiva no mês, segundo o IBGE.

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