O emprego industrial registrou estabilidade (0,0%) em novembro de 2004 ante outubro, na série livre de influências sazonais, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas demais comparações, os indicadores do emprego na indústria foram positivos: em relação a novembro de 2003, houve crescimento de 4,2%; no acumulado do ano até novembro ficou em 1,7% e nos últimos 12 meses até novembro, aumentou 1,4%. Entre os setores industriais pesquisados, na comparação com outubro, os destaques em termos de contratações em novembro foram os ramos produtores de bens de capital e da agroindústria, enquanto bens de consumo não duráveis apresentaram resultados negativos. Na comparação com novembro de 2003, os destaques foram alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos. Folha de pagamento A folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, já descontados os efeitos sazonais (influenciados por determinadas épocas do ano), caiu 1,0% em novembro de 2004 em relação a outubro, a segunda queda consecutiva nessa base de comparação. Já nas demais comparações, houve crescimento da folha: 6,9% em relação a novembro de 2003; 9,0% no acumulado até novembro e 8,2% nos últimos doze meses. Queda não compromete recuperação A queda de 1,0% na folha de pagamento da indústria em novembro ante outubro, a segunda consecutiva nessa base de comparação, "não compromete a trajetória de recuperação da renda do trabalhador industrial em 2004", segundo avalia o economista André Macedo, da coordenação de indústria do IBGE. Macedo destacou especialmente os resultados da folha comparativos a 2003, que considera "amplamente positivos", culminando no crescimento acumulado de 9% de janeiro a novembro ante igual período do ano anterior. Segundo ele, os resultados são positivos porque o aumento da atividade industrial ao longo do ano passado resultou em reposição salarial e, ainda, a inflação menor do que no ano anterior favoreceu os resultados da folha. Macedo sublinhou ainda que a queda na folha ante mês anterior "não é alarmante" porque está relacionada à forte base de comparação dos meses anteriores e, além disso, historicamente em outubro e novembro há queda na renda industrial ante mês anterior. Emprego industrial Ante mês anterior Ante igual mês do ano anterior novembro/2003 0,05% -1,67% dezembro -0,58% -1,98% janeiro/04 1,19% -1,18% fevereiro 0,17% -0,70% março 0,43% 0,08% abril -0,40% 0,05% maio 1,09% 1,17% junho 0,44% 1,70% julho 0,15% 2,29% agosto 0,88% 3,16% setembro 0,95% 3,53% outubro -0,22% 4,17% novembro 0,01% 4,16% Fonte: IBGE