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Emprego industrial fica praticamente estável em julho

Ainda, segundo a Fiesp, nos sete primeiros meses do ano foram abertos 76 mil postos de trabalho

Por Agencia Estado
Atualização:

O nível de emprego na indústria paulista ficou praticamente estável em julho, com variação de 0,03% sobre junho, o que significou a criação de mil postos de trabalho no mês passado. A pesquisa, apurada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostrou ainda que, nos sete primeiros meses de 2006, a indústria de transformação paulista gerou 76 mil vagas. A pesquisa não comparou os resultados de julho com o mesmo mês do ano passado porque a entidade adotou uma nova metodologia, que não permite comparações. O dado divulgado hoje refere-se a variação do emprego sem ajuste sazonal. Não foi feita análise dessazonalizada pelo mesmo motivo. Em julho do ano passado, o emprego industrial paulista havia crescido 0,66% ( este número já foi revistado para a nova metodologia) sobre o mesmo mês de 2004. A Fiesp não divulgou a revisão dos meses anteriores. Em termos porcentuais, o setor de Massas Alimentícias liderou as demissões em julho de 2006 (-3,19% ante junho). Na ponta positiva, ficou o segmento de Congelados e Supercongelados, com alta de 5,56% sobre junho. Álcool e açúcar Segundo a Fiesp, dos 76 mil postos de trabalho criados em 2006, 95% estão concentrados no setor de Álcool e Açúcar. Como a atividade desses segmentos é sazonal, a expectativa é de que parcela importante desses ganhos seja perdida com o fim da safra, no último trimestre do ano. Vale ressaltar que o número de usinas que iniciaram operações neste ano ou que começarão a ser construídas fica entre 40 e 50. Isso significa que, mesmo com o fim da safra, algum emprego gerado no setor será mantido, mas não suficiente para garantir os ganhos totais registrados no ano. Depois de Álcool e Açúcar, o setor que responde pelo maior aumento no emprego é o de Minerais Não-Metálicos, com 3,5% dos 76 mil criados no ano. Este segmento está diretamente ligado à Construção Civil. "Excluindo estes dois setores, podemos dizer que o crescimento do nível de emprego na indústria paulista é praticamente zero neste ano", ressaltou Francini, lembrando que a indústria entra neste terceiro trimestre de "forma pálida". Sem grandes previsões Embora o acumulado no ano seja de 3,68% ante os números do fechamento de 2005, o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, acredita que 2006 deve encerrar com variação no emprego industrial paulista semelhante ao acumulado de 12 meses até julho - pouco menos de 2% sobre o resultado do ano passado. "Não prevemos grandes altas na geração de postos. Sem contar que novembro e dezembro são meses tradicionalmente de corte de pessoal", afirmou o empresário. Este texto foi atualizado às 15h10.

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