Publicidade

Emprego industrial recua 5,8% em maio, a maior queda desde 2009

Indicador completa quase quatro anos de resultados negativos na comparação com mesmo mês do ano anterior; em maio, recuo foi generalizado entre os setores

Por Mariana Sallowicz
Atualização:

O emprego na indústria recuou 1% na passagem de abril para maio, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior queda nesta comparação desde fevereiro de 2009 (-1,3%) e a quinta consecutiva nessa base de comparação. Com o resultado, o emprego industrial acumula recuos de 5% no ano e de 4,4% em 12 meses.

PUBLICIDADE

Já na comparação com maio de 2014, o emprego industrial apontou queda de 5,8% em maio deste ano, a mais intensa desde setembro de 2009 (-6,1%). Trata-se do 44º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto.

Segundo o órgão, em maio na comparação com o mesmo período de 2014, o contingente de trabalhadores recuou em 17 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,9%), meios de transporte (-11%), produtos de metal (-10,6%) e outros produtos da indústria detransformação (-9,6%). O setor de produtos químicos teve o único resultado positivo, em 0,2%. 

Salário menor. O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria recuou 3,7% em maio ante abril, já descontados os efeitos sazonais. Foi a segunda taxa consecutiva negativa e a queda mais intensa desde janeiro de 2013 (-5,3%). O índice acumula queda de 4,2% em 12 meses e de 5,9% no ano.

Em maio, houve influência negativa do setor extrativo (-6%), acentuando a queda de 3,5% registrada no mês anterior. Outro destaque veio da indústria de transformação, com queda de 2,6%, quinto resultado negativo consecutivo.

Em relação a maio de 2014, a folha de pagamento real diminuiu 9,7% em maio deste ano, a 12ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde o início da série histórica.

As perdas na comparação entre maio deste ano e o mesmo período de 2014 também foram registradas em 17 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para meios de transporte (-15,1%), indústrias extrativas (-30,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-29,4%), alimentos e bebidas (-5,8%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,6%). A exceção foi Produtos Químicos, com alta de 0,1%. 

Publicidade

Recorde negativo. Já o número de horas pagas pela indústria teve a terceira taxa negativa seguida (-1,3%) ante abril, na série com ajuste sazonal. Foi a queda mais intensa desde janeiro de 2009 (-1,5%).

No confronto com maio de 2014, por sua vez, a redução no indicador foi de 6,6%, a 24ª taxa negativa nesse tipo de comparação e a maior verificada desde agosto de 2009 (-6,7%). Com o resultado, a queda no acumulado do ano foi de 5,6% e em 12 meses de 5,1%.

Na comparação com maio do ano passado, 17 dos 18 setores apontaram taxas negativas. O setor de produtos químicos foi a única influência positiva no período, com alta de 0,4%. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.