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Emprego industrial volta a cair

A folha de pagamento da indústria caiu 2,2% em julho, segundo o IBGE.

Por Agencia Estado
Atualização:

O emprego industrial voltou a cair em julho em todos os indicadores, segundo divulgou o IBGE. Houve redução de 1,2% ante o mesmo mês do ano passado; de 0,3% em relação a junho e de 1,6% no acumulado do ano até julho, no confronto com igual período de 2001. Os principais impactos negativos para a queda do emprego no mês ante julho de 2001 foram dados pelos segmentos de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-14,2%), outros produtos da indústria de transformação (-5,4%), fabricação de meios de transporte (-3,1%) e vestuário (-2,4%). Regionalmente, a maior contribuição negativa foi dada por São Paulo (-3,8%). De acordo com a pesquisa do IBGE, apesar das quedas, o indicador de média móvel trimestral (considerado o principal dado para apontar a tendência do emprego) mostrou estabilidade em julho. Folha de pagamento O valor da folha de pagamento do setor industrial caiu 2,2% em julho ante igual mês do ano passado, segundo os dados do IBGE. Houve queda também no acumulado do ano (-2,4%) ante igual período do ano passado, mas um pequeno crescimento na comparação com junho (0,4%). São Paulo deu a principal influência negativa para a redução da folha na comparação com julho do ano passado, já que no Estado houve queda de 4,8%, bem superior à média nacional. Em termos setoriais, a principal pressão negativa no mês foi do setor de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-21,2% ante julho 2001). O número de horas pagas caiu 1,4% ante julho do ano passado e 2,2% no acumulado do ano, mas também registrou crescimento em relação a junho (0,6%). Perda do dinamismo A queda registrada em todos os indicadores do emprego industrial em julho reflete a perda do dinamismo do setor provocada pela redução da demanda, segundo avalia a economista do departamento de indústria do IBGE, Isabela Nunes Pereira. Para ela, o emprego está "umbilicalmente ligado ao quadro conjuntural", mesmo que não sofra imediatamente os efeitos dos movimentos da produção industrial. Isabela avalia que o ciclo industrial está com "baixo dinamismo" a longo prazo e o emprego está refletindo essa situação. Ela lembrou, entretanto, que as quedas em julho não foram suficientes para reverter a "tendência de estabilidade" da ocupação na indústria, apontada pelo indicador de média móvel trimestral e que elimina os impactos conjunturais.

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