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Emprego industrial voltou a cair em novembro

Por Agencia Estado
Atualização:

O emprego industrial voltou a cair no País em novembro do ano passado, após três meses consecutivos de crescimento. Segundo os dados divulgados hoje na Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários do IBGE, o nível do emprego na indústria no Brasil caiu 0,9% em novembro de 2001 ante outubro. A queda anula o ganho total dos três meses anteriores, que ficou em 0,7% - em agosto, crescimento de 0,1%; em setembro, de 0,3%; e em outubro, de 0,2%. Por outro lado, segundo o IBGE, o pagamento de parcela do décimo terceiro salário e de participações nos lucros elevou em 10,5% o valor real da folha de pagamento da indústria em novembro, em relação a outubro. A taxa havia sofrido três quedas consecutivas neste tipo de confronto. A indústria paulista puxou a queda do emprego nacional na indústria, com corte de 1,6% no número de empregados, segundo informou o IBGE. O Estado registrou queda do pessoal ocupado no setor por três meses consecutivos e, entre agosto e novembro, acumulou perda de 2%. Já os estados de Pernambuco (2,1%) e Ceará (1,7%) foram os que apresentaram maior aumento no número de postos de trabalho em novembro, entre os 14 locais pesquisados pelo IBGE. Do total de regiões, nove entre 14 apresentaram redução no número de pessoas ocupadas entre outubro e novembro de 2001. Depois de São Paulo, Minas Gerais foi o estado de maior influência negativa sobre a taxa global, com queda de 0,6%. Maiores quedas Os setores de alimentos e bebidas (-1,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-11,9%) registraram as maiores quedas no emprego industrial em novembro do ano passado ante outubro. Entre os 18 ramos da indústria pesquisados pelo IBGE, 12 apresentaram redução no número de trabalhadores entre outubro e novembro de 2001. A indústria do fumo registrou o maior aumento no número de postos de trabalho no período, com acréscimo de 1,7%. Os ramos de vestuário (0,3%) e minerais não metálicos (0,3%) contribuíram com o maior impacto positivo sobre o resultado global da pesquisa industrial de emprego de novembro. Folha de pagamento O valor real da folha de pagamento da indústria cresceu 2,6% entre janeiro e novembro do ano passado, segundo os dados do IBGE. Em novembro, o valor cresceu 10,5% ante outubro, após registrar três quedas consecutivas na comparação com mês anterior. A folha de pagamento real por trabalhador cresceu 11,4% em comparação a outubro e 3% ante janeiro de 2001. Segundo o IBGE, os resultados positivos de novembro refletiram o pagamento de parcela do décimo-terceiro salário e, ainda, de gratificações e participação nos lucros, fazendo com que todos os 18 ramos industriais pesquisados ampliassem a massa real de rendimentos pagos no mês. Horas O número de horas pagas pela indústria caiu 1,3% em novembro do ano passado ante outubro, mas cresceu 1% na comparação com janeiro. Em relação a outubro, nove das 14 áreas pesquisadas reduziram o total de horas pagas, com destaque para São Paulo (-2,4%) e Minas Gerais (-1,2%). As maiores expansões da jornada de trabalho nessa base de comparação (outubro) ocorreram na região Nordeste (0,3%) e no estado de Pernambuco (1,8%). Entre os segmentos pesquisados, os maiores crescimentos no número de horas pagas em novembro, nesse caso na comparação com janeiro, ocorreram em alimentos e bebidas (2,8%), artigos do vestuário (5,9%), refino de petróleo e produção de álcool (39,5%) e calçados e couros (6,2%). Os impactos negativos vieram dos setores de madeira (-8,0%) e de máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (-4,3%).

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