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Emprego na indústria cai em maio

Segundo o IBGE, na comparação com o mesmo período do ano passado a queda foi de 0,4%. Tomando como base abril, houve ligeira alta de 0,2%

Por Agencia Estado
Atualização:

O emprego industrial foi marcado por ligeiro aumento e queda em maio, tomando como base abril ou o mesmo período do ano passado. Segundo divulgou nesta sexta-feira o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), as variações foram, respectivamente, 0,2% e -0,4%. Nos índices acumulados, o resultado também está negativo: -0,¨% para os últimos 12 meses e -0,6% no total do ano. Conforme o instituto, a queda na base comparativa com maio de 2005 foi resultado, sobretudo, do desempenho negativo em oito dos 14 locais pesquisados e em 11 de 18 atividades estudadas. O destaque foi para o Rio Grande do Sul (-7,6%), Paraná (-4,0%) e região Nordeste (-2,4%). Os principais responsáveis pelos resultados negativos nos três locais foram, respectivamente: calçados e artigos de couro (-14,8%); madeira (-16,9%) e vestuário (-7,2%). No índice nacional, calçados e artigos de couro (-11,4%) e máquinas e equipamentos (-6,5%) foram os principais impactos negativos. Folha de pagamento Apesar da queda no nível de emprego, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, descontadas as influências sazonais, cresceu 0,7% na passagem de maio para abril. O resultado positivo ocorreu após dois meses consecutivos de queda nessa base de comparação. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, a variação foi nula. No acumulado do ano, ainda na contramão do resultado da criação de vagas, o ganho dos trabalhadores da indústria aumentou em 0,3%. No total dos últimos 12 meses esta variação ficou em 1,7%. Resposta O emprego industrial ainda não está respondendo ao maior vigor no crescimento da produção, segundo avalia Denise Cordovil, técnica da coordenação de indústria do IBGE. Segundo ela, a produção na indústria registrou sinais mais fortes de recuperação em maio e há uma defasagem entre a reação na atividade e o aumento da ocupação no setor. Denise explica que o recuo ante igual mês do ano passado também reflete a base de comparação elevada do início de 2005, quando a ocupação ainda respondia ao forte crescimento da indústria em 2004. Ela lembra que o mercado interno tem levado a aumentos na produção da indústria e "a partir do momento em que a produção vai se recuperando, o mercado de trabalho pode repercutir favoravelmente". A coordenadora afirmou que setores mais empregadores, como calçados e madeira, são exatamente os que têm registrado maior dificuldade de recuperação na atividade por causa dos problemas gerados pelo câmbio. Por outro lado, os segmentos que estão mostrando maior vigor na produção, e na ocupação, são os que empregam menos, como material eletroeletrônico e material de transporte, o que tem impedido a ocupação industrial de reagir mais rapidamente.

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