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Emprego na indústria cresce 0,3% em junho, aponta Dieese

Por Agencia Estado
Atualização:

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade-Dieese apontou um aumento de 5 mil postos de trabalho na indústria em junho, um crescimento de 0,3% sobre o mesmo mês de 2004. A alta foi provocada basicamente pelo aumento do número de autônomos e de assalariados sem carteira assinada e redução de assalariados com carteira de trabalho registrada. O leve aumento de ocupados na indústria foi causado pela elevação nos ramos de Vestuário e Têxtil (7,6%), Gráfica e Papel (2,4%), Metal-Mecânica (1,4%) e no agregado Outras Indústrias (2,7%). O setor fabril apresentou quedas nas áreas Química e Borracha (12,7%) e Alimentação (10,6%). "Esse patamar (0,3%) é o maior registrado para a indústria desde junho de 1995", afirmou o coordenador de Análise e Pesquisa da Fundação Seade, Alexandre Loloian. O setor de serviços criou 17 mil novos postos (alta de 0,4%) devido, principalmente, ao crescimento do trabalho autônomo. De acordo com a PED, os destaques na geração de empregos foram Serviços Especializados (6,5%), Oficina Mecânica (5,5%) e Saúde (4,3%), segmentos que compensaram as quedas em áreas, tais como Serviços Auxiliares (- 3%) e do agregado Outros Serviços (- 3,4%). O segmento Outros Setores apresentou um aumento de 7 mil postos de trabalho (0,7%), com destaque para Serviços Domésticos. A redução de 44 mil ocupações no comércio (- 3,3%) foi marcada especialmente junto aos assalariados sem carteira de trabalho assinada. Região Metropolitana de São Paulo Com relação a junho de 2004, a PED indica que o nível de ocupação na região metropolitana de São Paulo cresceu 2,3%, com criação de 190 mil postos de trabalho. Por setor de atividade, a indústria apresentou uma elevação de 62 mil ocupações (3,9%), com aumento do número de assalariados com carteira assinada e trabalhadores autônomos. Na área de serviços, ocorreu uma elevação de 174 mil ocupações (4,1%), com alta dos assalariados com e sem carteira de trabalho registrada e de trabalhadores autônomos. Em outros setores, houve um aumento de 30 mil ocupações (3,2%), sobretudo nos serviços domésticos. O comércio nos doze meses apurados pela Fundação Seade-Dieese apresentou uma redução de 76 mil postos de trabalho (- 5,6%), com destaque para a redução no número de trabalhadores autônomos e assalariados sem carteira de trabalho assinada. Em comparação a junho de 2004, a PED apontou que a expansão do número de ocupados na região metropolitana de São Paulo foi um reflexo do aumento do trabalho assalariado nas empresas privadas, com destaque para pessoas com carteira de trabalho assinada (127 mil), autônomos (56 mil) e sem carteira assinada (34 mil). No setor público, a geração de empregos manteve-se estável neste período.

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