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Emprego na indústria tem melhor semestre da história

Emprego registrou expansão de 2,7%, melhor resultado para o fechamento do 1º semestre da série, diz IBGE

Por Reuters e Agência Estado
Atualização:

A geração de emprego na  indústria brasileira está desacelerando, mas a taxa de expansão do primeiro semestre foi a melhor da história, mostraram dados divulgados nesta segunda-feira, 11. Nos seis primeiros meses do ano, o emprego no setor registrou expansão de 2,7%, o melhor resultado para o fechamento do período em toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2002. Veja também: Espírito Santo lidera ranking de produção industrial, diz IBGE Produção industrial tem maior crescimento semestral em 4 anos Agroindústria cresceu 4,2% no 1º semestre, segundo IBGE A economista Isabella Nunes, da coordenação de indústria do instituto, afirmou que o bom desempenho do mercado industrial está refletindo o patamar elevado de produção do setor e está sendo puxado exatamente pelos segmentos que são destaque na atividade, como máquinas e equipamentos, material de transporte e produtos eletrônicos. "O emprego está em patamar elevado", afirmou. Por outro lado, Isabella destacou que os segmentos mais empregadores da indústria, como calçados e vestuário, prosseguiram com resultados negativos na ocupação no primeiro semestre, o que impede um crescimento ainda mais vigoroso do emprego industrial. Apesar da influência negativa desses segmentos, Isabella observou que "cerca de 70% da indústria estão em crescimento no emprego". O aumento de 2,7% no emprego no semestre foi puxado especialmente pelas atividades de máquinas e equipamentos (12,6%), meios de transporte (10,8%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,9%) e alimentos e bebidas (3,1%). As principais influências negativas no semestre foram dadas por calçados e artigos de couro (-11,1%), vestuário (-5,0%), madeira (-8,2%) e têxtil (-5,4%). Entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, a maior alta no primeiro semestre foi vista em São Paulo, de 4,1%, seguida por Minas Gerais, com 3,7%. Junho Em junho, a geração de postos de trabalho na indústria brasileira cresceu 0,5% frente a maio, compensando assim o recuo acumulado de 0,4% nos dois meses anteriores. Na comparação com junho de 2007, a taxa de crescimento foi de 2,5%, , totalizando uma seqüência de 24 taxas positivas consecutivas. Avaliando apenas o desempenho do setor no segundo trimestre, o emprego industrial cresceu 2,4%, "confirmando a redução no ritmo de crescimento frente aos resultados do primeiro trimestre deste ano (+3,1%) e do último do ano passado (+3,5%)", afirmou o IBGE em comunicado. Folha de pagamento A folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 0,2% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram positivos: 6,7% frente a junho de 2007 e 6,5% no acumulado primeiro semestre. Em 12 meses, houve alta de 6,3%. Em junho, na comparação com igual mês do ano passado, o valor da folha de pagamento real aumentou em todos os 14 locais pesquisados, com destaque para São Paulo (7,5%) e Minas Gerais (9%).

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