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Emprego não recuperou perdas geradas pela crise, analisa Bram

Especialista avalia que mercado de trabalho ainda não consolidou uma tendência clara de recuperação

Por Lucinda Pinto e da Agência Estado
Atualização:

Os números do Caged, divulgados nesta terça-feira, 18, consolidam a ideia de que "o pior ficou para trás", mas mostram que ainda há muita ociosidade no mercado de trabalho. Essa é a avaliação da economista-chefe do Bradesco Asset Management, Ana Cristina Costa. Ela observa que a recuperação vista nos últimos meses não foi suficiente para "zerar" as perdas de vagas verificadas a partir de novembro do ano passado, quando a crise internacional começou a afetar o emprego.

 

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De novembro a julho, o Caged mostra que houve destruição líquida de 257.859 postos de trabalho, mesmo com o crescimento que começou a se verificar em fevereiro deste ano. "O mercado de trabalho ainda está fragilizado, porque continua operando abaixo da linha de tendência", afirma Ana Cristina.

 

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Ela observa que, quando se olha a média móvel de 12 meses, fica mais claro que o mercado de trabalho ainda não consolidou uma tendência clara de recuperação. Até julho de 2009, a média móvel mostra saldo positivo de 59.869 vagas, resultado próximo ao verificado no período de 12 meses encerrados em julho de 2003 (58.082), ano em que o PIB no Brasil cresceu modesto 1,2%.

 

Até julho de 2008, a média móvel em 12 meses mostrou criação de 162.012 postos. "Os números de hoje (terça-feira) não mostram um cenário conclusivo a respeito do ritmo de crescimento. A única certeza que podemos ter é que o pior ficou para trás, mas ainda não está clara a velocidade da recuperação", afirma.

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