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Emprego no setor metalúrgico cresce 11,6% em 2004

Por Agencia Estado
Atualização:

O emprego no setor metalúrgico teve em 2004 seu maior crescimento dos últimos 17 anos, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CNM/CUT) e pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. De acordo com o levantamento, o emprego no setor subiu 11,6% em 2004, com a criação de 157.709 novos postos de trabalho. O resultado também ficou acima da média da indústria, cujo aumento foi de 9,4%, e se soma ao crescimento do ano passado. Considerado o período de janeiro de 2003 a janeiro de 2005, o número de postos de trabalho do setor metalúrgico avançou 16,5%, com a criação de um total de 217.478 empregos. "Estamos comemorando não somente dois anos consecutivos de crescimento de emprego na nossa base, como também o maior avanço dos últimos 17 anos", afirmou o secretário de Organização da CNM/CUT, Valter Sanches. Renda Ele acrescentou que o setor também obteve uma elevação real de salário para 90% de sua base de funcionários em 2004. Desses, 60% obtiveram aumentos entre 4% e 4,4%, desconsiderada a inflação do período. Sanches esclareceu que a recuperação dos últimos dois anos foi possível graças a fatores como o crescimento da economia brasileira, o avanço das exportações e a ampliação das linhas de crédito de investimentos concedidas pelo BNDES. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijó, os dados anunciados hoje representam os primeiros passos para recuperar as reduções registradas no nível de emprego do setor ao longo da última década, apesar dos desafios envolvidos. O levantamento mostra que o setor metalúrgico perdeu cerca de 1,5 milhão de postos entre 1987 e 2002. "Se continuarmos crescendo como no ano passado - eu acredito que este País tem condições de fazer isso - precisaremos de oito anos para recuperar o 1,5 milhão de empregos perdidos na última década", afirmou.

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