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Emprego nos setores de atacado e serviços reage em São Paulo

Em fevereiro, foram criados mais de 34 mil postos, melhor resultado para o mês desde 2014, aponta FecomercioSP; setores, porém, ainda estão longe do patamar pré-crise

Por Jéssica Alves
Atualização:

O emprego nos setores de atacado e serviços começa a dar sinais de reação em São Paulo. Segundo levantamento da FecomercioSP com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pelo segundo mês seguido, ambos os setores geraram emprego com carteira assinada no Estado e registraram o melhor fevereiro desde 2014, com 849 novos postos no atacado e 33,7 mil no setor de serviços. Apesar da melhora, os setores estão longe do patamar de empregos antes da crise.

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No comércio atacadista, os 849 postos de trabalho criados em fevereiro deste ano são resultado de 15.317 admissões e 14.468 desligamentos. O setor encerrou o mês com um estoque ativo de 499.804 vínculos. Na comparação com fevereiro do ano passado, o mercado de trabalho no atacado avançou 1,7%.

No setor de serviços, em fevereiro, foram abertas 33.749 novas vagas Foto: FOTO PAULO LIEBERT/AE

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No setor de serviços, em fevereiro, foram abertas 33.749 novas vagas, resultado de 205.997 admissões e 172.248 desligamentos. No saldo acumulado em doze meses, pouco mais de 19 mil vínculos celetistas foram criados, o que representa uma alta de 0,5% no estoque de trabalhadores em relação a fevereiro de 2017, a quinta taxa positiva consecutiva.

Mesmo com o dados mais positivos frente o último ano, o assessor econômico da FecomércioSP, Jaime Vasconcelos, aponta que “ainda vai demorar anos” para os setores retomarem o patamar pré-crise. No setor de serviços, o saldo em fevereiro de 2014 foi de 2,8 mil empregos criados. No comércio atacadista,no fevereiro pré-crise foram criados 57,4 mil vagas.

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Dentro do atacado, os principais impactos positivos no mês foram as criações de vagas nas atividades de Alimentação e Bebidas, com alta de 2,5% ante o mesmo período do ano passado e Produtos farmacêutico e de higiene pessoal, que teve alta de 3,0% ante fevereiro de 2017.

Segundo Vasconcelos, o avanço indica que as pessoas estão retomando o padrão de consumo de bens essenciais e por isso demanda mais força de trabalho.

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No setor de Serviços, Vasconcelos explica que o resultado de fevereiro é impulsionado pelos serviços educacionais em decorrência do início do ano letivo, porém, o avanço em 12 meses demonstra uma retomada. Nesse setor também, nenhuma das atividades demitiu empregados, o que consolida um cenário mais favorável apesar do resultado oficial de atividade do setor apresentar queda de 2,4% em 12 meses e um fraco crescimento de 0,1% em fevereiro, aponta o economista.

“O setor de serviços é transversal, ele é impactado por diversos fatores da economia, por isso é um pouco mais lento. Entretanto, a melhor no emprego em todas as atividades mostra uma reação”, diz.

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