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Empresa da Noruega vai investir US$ 410 milhões no Paraná

O objetivo é produzir 350 mil toneladas de papel por ano, suprindo 60% das necessidades do mercado. A empresa já é proprietária da Pisa - Papel de Imprensa, no mesmo município, que produz 180 mil toneladas de papel, e tem participação acionária na Klabin, com capacidade para 120 mil toneladas por ano

Por Agencia Estado
Atualização:

A empresa norueguesa Norske Skog investirá US$ 410 milhões (cerca de R$ 980 milhões) na construção de mais uma unidade para fabricação de papel de imprensa em Jaguariaíva, a 250 quilômetros de Curitiba, no norte do Paraná. O objetivo é produzir 350 mil toneladas de papel por ano, suprindo 60% das necessidades do mercado. A empresa já é proprietária da Pisa - Papel de Imprensa, no mesmo município, que produz 180 mil toneladas de papel, e tem participação acionária na Klabin, com capacidade para 120 mil toneladas por ano. Segundo o consultor jurídico da empresa, Joaquim Miró Neto, a empresa atende atualmente a 30% da demanda brasileira. O restante é importado do Canadá, ficando na dependência da variação cambial. Durante a assinatura do protocolo de intenções, nesta quarta-feira, o governador do Paraná, Jaime Lerner, destacou que "a linha de estabilidade política e econômica garante esse nível de credibilidade ao País". A previsão da empresa é que, em 2005, a nova unidade seja inaugurada, criando 200 empregos diretos e cerca de 4 mil indiretos. O faturamento previsto é de US$ 200 milhões. Cerca de 10% a 20% da produção serão exportados para países da América do Sul. O diretor da Norske, Rune Ingvarsson, afirmou que esse é um dos projetos mais importantes do grupo atualmente. A Norske está presente em 15 países com 24 fábricas, tendo faturamento global de US$ 3,5 bilhões. Segundo o presidente da empresa na América do Sul, Vidar Lerstad, o Paraná foi escolhido em razão da grande oferta de pinus e de energia elétrica, além da proximidade dos principais consumidores - São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Pelo protocolo de intenções, a empresa foi incluída no programa Prodepar, que permite a dilação no recebimento dos impostos de importação dos equipamentos. A Norske também está em entendimentos com o governo federal para conseguir a isenção dos impostos que caberiam à União sobre a mesma importação. Segundo o consultor jurídico da empresa, parte do investimento será financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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