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Empresa diz que alternativa é transitória

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Por Redação
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O diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, confirma a intenção de usar a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim como rota dos megaequipamentos para o Comperj, mas sustenta que a opção não será definitiva. "A alternativa do rio Guaxindiba é transitória", garantiu.Embora as obras do porto de São Gonçalo não tenham começado, Costa afirma que em um ano estará tudo pronto. O píer e o retroporto são fundamentais para o Comperj, assim como a estrada, cuja obra também não avançou. O processo ainda é de desapropriação dos 1,5 mil imóveis ao longo do trajeto entre a praia da Beira, em São Gonçalo, e o futuro complexo, em Itaboraí.Segundo o executivo, o conjunto formado pelo porto e pela estrada, que nos dois primeiros anos terá acesso restrito às carretas do Comperj, será a solução definitiva para o transporte de carga. O píer terá capacidade de receber até sete embarcações simultaneamente.Só que, para as chatas com os equipamentos de grande porte chegarem ao futuro porto, é preciso dragar o fundo da baía, cuja profundidade é insuficiente. Em dezembro, a Petrobrás contratou os serviços de uma empresa de dragagem, mas o serviço não começou. Segundo Costa, a dragagem deverá ter início em 45 dias, com duração prevista de até um ano. Ele avalia que a rodovia do porto ao Comperj deverá estar terminada até o fim do segundo semestre deste ano.Uma evidência de que a Petrobrás conta com o aval das autoridades ambientais para navegar pela APA de Guapimirim é que já fechou acordo para uma fábrica de cimento próxima ao Guaxindiba para o desembarque de balsas com os equipamentos. Para Bruno Herrera, do ICMBio, o argumento da petroleira é estritamente financeiro, em razão do atraso das obras, e não ambiental. Ele questiona se a Petrobrás faria um investimento como a dragagem e a construção de uma base em terra e depois abriria mão da hidrovia. Um dos grandes projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Comperj deveria ter ficado pronto em 2011. Com a demora, o prazo foi revisto para 2014. O investimento total deverá chegar a, pelo menos, R$ 36 bilhões, mais do que o dobro dos R$ 15,3 bilhões estimados inicialmente pela Petrobrás. / M.D. e S.T.

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