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Administrador fechou empresa e demitiu, mas conseguiu voltar com faturamento maior

'A restrição de recursos por conta crise nos forçou a repensar o negócio e a ser mais assertivos e focados', diz Dionisio Agourakis

Foto do author Márcia De Chiara
Por Márcia De Chiara
Atualização:

Em setembro de 2014, no início da crise, o administrador Dionisio Agourakis, de 31 anos, virou um empreendedor de tempo integral. Ele investiu R$ 200 mil numa empresa que produzia software: “Era como se fosse uma fábrica de software, os clientes especificavam o que queriam e a gente fabricava”. Depois, Agourakis decidiu padronizar o produto. Criou softwares prontos para as áreas de educação e restaurantes, que eram vendidos no mercado.

Mas, em meio a um cenário de crise, o negócio não foi para a frente. Com orçamento apertado, as empresas não compravam os softwares que, na maioria das vezes eram inadequados às necessidades das companhias. No final de 2016, Agourakis decidiu fechar a empresa, demitiu os funcionários e foi fazer uma autocrítica do negócio.

A empresa de Dionisio Agourakis quebrou, mas voltou ao mercado com outra companhia. Foto: Helvio Romero/Estadão

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Segundo ele, além da crise, a outra razão do insucesso foi que os clientes queriam uma solução para os seus problemas, não um sistema padronizado. “A restrição de recursos por conta crise nos forçou a repensar o negócio e sermos mais assertivos e focados”, diz.

Em 2017, Agourakis decidiu voltar ao mercado, agora com a J!Quant, uma empresa baseada em duas frentes: ciência de dados e a criação de algoritmos (fórmulas matemáticas) sob medida para resolver problemas específicos enfrentados pelas companhias. Com a nova empresa, o administrador diz que está conseguindo melhores resultados: dobra o faturamento a cada seis meses.

Para abrir a companhia ele não precisou fazer um grande desembolso. Por conta da demanda crescente dos clientes, os projetos foram se pagando. O pulo do gato, diz, foi que a empresa passou a fazer o que sabia “no momento certo com o produto certo”. “Antes o meu software era mais caro do que o outros e entregava uma coisa que os clientes não queriam.”

Na nova etapa, além de ter uma equipe menor, ele conseguiu ampliar o número de clientes e setores. “Tenho 15 clientes, a maioria grandes multinacionais.”

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