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Empresa foi palco de traições e espionagem

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Por Redação
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A Brasil Telecom foi o pano de fundo para a mais ostensiva e agressiva disputa societária da história empresarial brasileira. O enredo novelesco, que se arrastou por mais de sete anos, incluiu lances de traições para todos os lados, espionagem industrial, prisões de executivos, operações de busca da Polícia Federal, envolvimento de representantes do governo federal em escândalos e um rol de dezenas e dezenas de ações judiciais no Brasil e no exterior. Dos gabinetes da Brasil Telecom saíram os ingredientes do ''''Caso Kroll'''', escândalo que começou com a contratação da empresa americana de investigação Kroll. Escutas telefônicas monitoraram, a pedido da BrT, ligações de executivos da Telecom Italia. Naquela época, em 2004, o banco Opportunity, de Daniel Dantas, era o gestor da participação do Citibank na BrT. Os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa Econômica) o haviam destituído da mesma função alguns meses antes. O monitoramento atingiu membros do governo como o então ministro de Comunicação Institucional Luiz Gushiken e o presidente do Banco do Brasil, Cassio Casseb. Ambos deixaram os cargos logo depois. A executiva italiana Carla Cicco, presidente da BrT, chegou a ser indiciada pela Polícia Federal. Em meio à confusão, os fundos de pensão conseguiram fechar acordo de colaboração com o Citigroup, mudando a correlação de forças. O Opportunity foi destituído também pelo Citi. Com o apoio do Citi, os fundos iniciaram negociações com a Telecom Italia, com quem também tinham um histórico de disputas.

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