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Empresa reforça foco no porta a porta e rejeita loja

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Por Redação
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O presidente da Avon, David Legher, vestiu o colete de recrutamento e foi para o calçadão da rua Antônio Agu, no centro de Osasco (SP), na última sexta-feira de maio, no meio do feriado Corpus Christi, tentar convencer as mulheres que vender Avon é bom negócio. O executivo colombiano foi pessoalmente às ruas, mesmo sem dominar totalmente o português, para ouvir diretamente de potenciais vendedoras por que elas aceitariam ou não ser parceiras da empresa. O empenho de Legher tem uma razão: a Avon depende de seu exército de 1,5 milhão de vendedoras para recuperar o mercado brasileiro.A companhia mantém o foco em vendas diretas e não tem planos, ao menos no curto prazo, de abrir lojas próprias ou entrar no e-commerce, disse Legher. Sua maior concorrente, a Natura, cedeu e ensaia uma entrada, ainda tímida, nesses dois canais de venda. "Existem oportunidades de aumentar o número de vendedoras e de fazer elas venderem mais", disse Legher. Para o professor de gestão de marcas e marketing estratégico da ESPM, Marcos Bedendo, a inovação é fator decisivo para a expansão das vendas de cosméticos, principalmente no porta a porta. "A consultora precisa de uma novidade para apresentar à cliente."Mesmo sem um e-commerce oficial, é possível comprar produtos da Avon na internet por meio de sites e anúncios criados pelas próprias consultoras. "A internet hoje é mais uma ferramenta para impulsionar as vendas, principalmente nas redes sociais, do que uma concorrência", disse Roberta Kuruzu, diretora executiva da Abved, associação do setor./ M.G.

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