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Empresários cobram agenda

Em jantar no Planalto, eles pedem foco no longo prazo

Por Renée Pereira
Atualização:

A criação de uma agenda de investimentos de longo prazo capaz de sustentar o crescimento do País foi um dos principais assuntos do jantar oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um grupo de 20 empresários do setor de infra-estrutura e indústrias de base, quarta-feira, no Palácio do Planalto. Entre os convidados, estavam presidentes de empresas como Gerdau, Siemens, British Gas, Repsol, Odebrecht, Alusa, Tractebel, CPFL e Comgás, além da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O objetivo dessa nova agenda, afirmam os empresários, é criar um ambiente de negócios adequado para elevar o volume de investimentos da iniciativa privada no carente setor da infra-estrutura, planejar o futuro e inserir no País a cultura de continuidade de obras. Além disso, eles destacaram a necessidade de tornar mais clara qual a posição do setor privado em alguns setores da economia. Hoje, o nível de formação bruta de capital fixo (também chamada de taxa de investimento) do Brasil é da ordem 17% do Produto Interno Bruto (PIB). ''''Esse porcentual precisa atingir, no mínimo, 25% e assim mesmo ficará abaixo de países como a China, onde é de 40%'''', disse o presidente da Siemens, Adilson Primo, que participou ontem de evento promovido pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), em Brasília. Segundo ele, durante o jantar com Lula, os empresários reconheceram e comemoraram os avanços dos fundamentos econômicos do País. Mas também lembraram que a base de comparação é muito pequena. ''''Houve uma evolução qualitativa em vários aspectos, os fundamentos macroeconômicos melhoraram. Isso temos de elogiar. Mas é preciso projetar o futuro. Precisamos de uma agenda de investimentos.'''', defendeu Primo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, concordou em que, ao lado de uma agenda de desenvolvimento, haja uma agenda de infra-estrutura. Ele, no entanto, não entrou no espírito de planejamento de longo prazo dos empresários e argumentou que tal agenda está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). COLABOROU LU AIKO OTTA

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