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Empresários paulistas permanecem confiantes

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Por Márcia De Chiara
Atualização:

A maioria dos empresários da indústria paulista está confiante e vê a possibilidade de ampliar ou manter o nível de vendas em 2009, revela pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Apesar dos resultados favoráveis, o presidente da entidade, Paulo Skaf, está cético e não quer fazer previsões para o ano que vem. "Neste momento, previsões otimistas podem ser enganosas e as pessimistas, desastrosas." Se as medidas tomadas até agora pelo governo para desempoçar o crédito não foram tímidas, disse ele, os resultados o são. Na enquete que consultou 1.205 empresários de todos os portes no Estado de São Paulo entre 30 de outubro e 18 de novembro, 36% dos entrevistados informaram que estão confiantes em relação à economia e a sua atividade; 17% estão satisfeitos; 13%, otimistas; e 29% pessimistas. Para o ano que vem, 75% dos consultados esperam vendas estáveis ou maiores na comparação com 2008. Skaf afirmou que o cenário piorou muito desde a metade do mês passado até hoje. "Temos um sério problema de falta de crédito e um seriíssimo problema de custo de crédito." O presidente da Fiesp considera a possibilidade de que o Produto Interno Bruto (PIB) deste trimestre fique estável na comparação com o resultado do terceiro trimestre, que será conhecido hoje. Mas pondera que alguns setores sentiram a crise e outros, não. A solução para que o crédito volte a irrigar de forma satisfatória a produção está, na opinião dele, na redução da taxa básica de juros, a Selic, e na redução do spread bancário - a diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada nos empréstimos. "Se o governo não reduzir a taxa básica de juros, será uma irresponsabilidade total", afirmou.

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