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Empresas ameaçam parar obras do 'Minha Casa' se governo não quitar R$ 1,2 bilhão

Segundo o SindusCon-SP, o último pagamento às companhias foi realizado no dia 8 de maio; obras atendem beneficiários com renda de até R$ 1,6 mil

Por Daniel Machado Vivacqua
Atualização:

SÃO PAULO - Empresas contratadas para realizar obras da faixa 1 da segunda fase do programa federal Minha Casa Minha Vida ameaçaram interromper as obras em todo o País se o governo não quitar pagamentos atrasados que já superam o valor de R$ 1,2 bilhão, segundo informações do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP). A faixa 1 atende os beneficiários com renda de até R$ 1,6 mil.

O último pagamento às companhias foi realizado no dia 8 de maio, de acordo com sindicato. "O governo está fazendo pedalada com capital privado", afirma o vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, Ronaldo Cury, em nota.

Dilma em uma das obras do Minha Casa Minha Vida Foto: Divulgação

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Dos R$ 17,5 bilhões orçados para o Minha Casa Minha Vida, apenas R$ 11,5 bilhões foram aprovados, de acordo com o SindusCon-SP. O setor propõe que o governo faça um empréstimo do FGTS para o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para quitar os repasses atrasados. O argumento é que o programa MCMV, por fazer parte do PAC e ser considerado investimento, poderia receber esse recurso.

Outras demandas do setor são a reprogramação dos próximos pagamentos e a criação de uma linha de crédito barata que aceite a nota fiscal de obras como garantia. "As empresas precisam de previsibilidade sob o risco de quebradeira. O Minha casa Minha Vida não vai sair enquanto não se definir isso", reforça Cury. Ele ainda alerta para a possibilidade de o Minha Casa Minha Vida 3 não vingar, em função da baixa taxa de retorno e do histórico recente de atrasos da União.

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