11 de maio de 2013 | 02h07
Os novos registros, de acordo com a decisão da ICANN, não têm mais as limitações de duas ou três letras, como hoje, e seguem poucas regras - não podem ser nomes próprios e de países, por exemplo.
Grandes empresas, como Coca-Cola, pediram o registro dos seus nomes e de outros que possam ter relação com seu negócio, incluindo palavras comuns.
Cabe à diretoria da ICANN, um conselho formado por representantes de diversos países, dar a palavra final sobre esses registros. Cada domínio pode custar milhares de dólares, especialmente se houver um leilão entre mais de um candidato.
"As únicas partes que estão satisfeitas com essa abertura são as empresas que compram e revendem domínios", garante o diplomata Franklin Silva Netto, que participa das reuniões da ICANN. Enquanto empresas gastam milhões de dólares para controlar nomes relacionados a seus negócios, países e sociedade civil brigam para evitar registros esdrúxulos.
A atuação da ICANN tem sido constantemente criticada, apesar de países como o Brasil admitirem que, até hoje, seu trabalho funcionou. Existe um movimento para criar outro sistema de gerenciamento que não seja ligado ao governo americano. A União Europeia já avisou que poderá criar um outro sistema de gerenciamento da internet. A ideia tem apoio em vários lugares do mundo, inclusive do governo brasileiro./LP.
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