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Empresas de calçados de Franca decidem parar produção

Apesar da prefeitura da cidade recomendar suspensão das atividades por um período de 7 dias, sindicato do setor preferiu seguir as recomendações da Unimed e parar por 15 dias

Por Monica Scaramuzzo
Atualização:
A região conta com 550 empresas e emprega 17 mil trabalhadores. Foto: JF Diorio/Estadão

As empresas de calçados de Franca (SP), um dos principais polos produtores do setor, decidiram interromper suas atividades por conta do novo coronavírus. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca), José Carlos Brigagão do Couto, a recomendação da prefeitura de Franca é uma parada de 7 dias. "Mas decidimos seguir recomendação da Unimed e vamos paralisar 15 dias, mas reavaliando as datas. O momento agora é de recolhimento."

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A região conta com 550 empresas e emprega 17 mil trabalhadores. Parte das empresas já está desativada. Segundo Couto, a recomendação do Sindifranca é de que toda a cadeia calçadista pare. Se as orientações forem seguida, a paralisação atingirá mais de 1.000 empresas da região.

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) começou a fazer uma pesquisa com os empresários do setor para fazer levantamento das empresas que devem ou não encerrar suas atividades por conta do coronavírus.O setor, que emprega 270 mil trabalhadores, fatura cerca de R$ 23 bilhões.

Em fevereiro, quando o novo coronavírus estava mais restrito à China, a Abicalçados já tinha revisado o crescimento deste ano, de 2,5% para 2,2%, disse Haroldo Ferreira, presidente da entidade. 

Hoje, a Abicalçados se reuniu com representantes das indústrias de máquinas e equipamentos da indústria de calçados, de couros e lojistas do Rio Grande do Sul. Com o cancelamento de pedidos por parte do varejo, a cadeia do setor está estudando alternativas para evitar um colapso maior para toda a indústria.

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