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Empresas de telefonia são campeãs de reclamação

Encabeçando a lista do Procon estão Claro, Vivo, Embratel, Telefônica e Vésper

Por Agencia Estado
Atualização:

As empresas de telefonia são as que mais recebem reclamações de consumidores, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Fundação de Proteção e Defesa ao Consumidor (Procon) no "Ranking das mais reclamadas". Encabeçando a lista, está a Claro, seguida pela Vivo, pela Embratel, Telefônica e Vésper. O levantamento, concluído em dezembro do ano passado, utilizou como critério para definição os números absolutos de reclamações fundamentadas, que ficou em 13.074, tanto as atendidas como as não atendidas. A Claro, primeira da lista, teve um total de 1.035 reclamações. Destas, 179 não foram atendidas. Em seguida, a Vivo apresentou 870, das quais, 96 ficaram sem resposta. Para a Embratel foram 591, a campeã em proporção de ressalvas sem efeito: 241. Das 503 reclamações feitas sobre a Telefônica, 21 não surtiram efeito e, das 398 da Vésper, 91 ficaram sem resposta. As cinco empresas correspondem ao setor de Serviços Essenciais. Clientes No total, o Procon atendeu 359.811 clientes insatisfeitos. Destes, 88,93% conseguiram resolver o problema com a empresa prestadora de serviços antes de abrir uma reclamação oficial. Outros 5% foram acordadas juntamente do órgão, enquanto o restante, 6%, solucionaram as pendências fora da instituição. Segundo a fundação, além do índice geral, composto por 30 empresas, são extraídas seis sublistas definidas por área técnica. O grupo de Alimentos, com 1% das reclamações; Saúde, com 7%; Habitação, com 1%; Produtos, com 15%; Serviços Privados, com 18%; Serviços Essenciais, com 35%; e Assuntos Financeiros, também com 35%. Alimentos No setor alimentos foram 48 reclamações fundamentadas. Segundo o Procon, os problemas apontados pelos consumidores foram falta de resultado do produto, alterações de odor, sabor e aspecto, e presença de objetos estranhos, sujeira ou insetos nos produtos. A empresa com maior número de reclamações foi a Nutriplus. Ao todo foram 17 chamadas, das quais, a maioria - 9 - não foi atendida. A TBA BR Distribuidoras de Produtos Limitada, distribuidora de produtos com fins terapêuticos, foi a segunda da lista. Ela teve duas reclamações - ambas resolvidas. A Coca-Cola, por sua vez, que ficou em terceiro lugar, também teve duas reclamações abertas, porém não solucionou nenhum dos problemas. Saúde Para a área de saúde foram fundamentadas 952 reclamações, sobre, principalmente, problemas nos contratos de seguro-saúde, reajuste por alteração de faixa etária e alteração no contrato. Neste setor, encabeçando a lista está a Sul América, com 50 criticas, das quais, 33 não foram atendidas. A Blue Life foi a segunda, com 49 reclamações. Destas, praticamente todas, 47, não tiveram retorno. O Grupo Imagem, em terceiro lugar, teve 49 reclamações também, das quais, 24 não foram resolvidas. Produtos Por produtos, foram 2.001 reclamações. Os principais problemas ocorridos foram: produtos entregues com defeito; cobertura; e não-entrega ou demora na entrega do produto. A Motorola foi a campeão, com 186 clientes insatisfeitos. O índice de repercussão foi baixo: 105 chamadas não foram resolvidas. Em seguida veio a Siemens, com 85 reclamações (51 sem resolução); e a LG, com 82 chamadas, das quais, 25 ficaram sem resposta. Assuntos Financeiros A área de assuntos financeiros foi responsável por 3.122 reclamações, o que correspondeu a 24% do total. Os principais assuntos foram cobrança indevida, problemas contratuais e vendas enganosas. Encabeçando a lista está a Credicard, com 313 reclamações. Destas, apenas 103 não foram resolvidas. A Caixa Econômica Federal veio logo em seguida, com 137 de clientes insatisfeitos, dos quais, 44 continuaram sem resolução. Em terceiro lugar veio o Cartão C&A, com 130 reclamações. A empresa foi uma das que mais resolveu os problemas: destes, apenas sete ficaram sem solução.

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