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Empresas de turismo registram forte alta em 2006

As 80 maiores companhias da área faturaram quase o dobro do esperado

Por Agencia Estado
Atualização:

As 80 maiores empresas de sete segmentos da área de turismo registraram, juntas, um crescimento médio de 29,3% em seu faturamento no ano passado, superando as expectativas do setor para 2006, que era de uma elevação de 14,7% no faturamento. Também houve aumento maior que o esperado nas contratações de novos empregados por essas empresas. O porcentual de novas admissões foi de 21,6% em 2006, ante 13,6% esperados. Esses resultados foram colhidos na terceira pesquisa anual de conjuntura econômica do turismo, divulgada nesta quinta-feira, 15, pelo secretário-executivo do Ministério do Turismo, Márcio Favila, e pela presidente da estatal Embratur (Empresa Brasileira de Turismo), Jeanine Pires. Na pesquisa, foram ouvidos dirigentes das 80 maiores empresas, distribuídas entre agências de viagens, companhias aéreas, locadoras de automóveis, meios de hospedagem, operadoras de receptivo, operadoras de turismo e promotores de feiras e eventos. Segundo Favila, essas 80 empresas representam, juntas, 30% do faturamento global do setor de turismo. "Os dados da pesquisa mostram que, apesar dos problemas registrados no último semestre do ano passado, o setor não foi significativamente afetado", comentou Favila, ao se referir aos problemas de atrasos e cancelamentos de vôos e tumulto nos aeroportos que ficaram conhecidos como crise do apagão aéreo. Para o secretário, uma explicação para o fato de o setor não ter sido afetado significativamente é a de que funcionaram "de maneira satisfatória" os investimentos feitos em promoção do Brasil no exterior. A pesquisa ouviu a opinião também dos maiores empresários do setor sobre as suas expectativas para 2007. Os executivos declararam esperar, em média, um crescimento de 29,8% no faturamento este ano. Se isso se confirmar, o resultado de R$ 29,6 bilhões de faturamento médio alcançado pelas empresas juntas em 2006 subirá para R$ 38 bilhões no final deste ano. Em relação às contratações de novos empregados, as empresas esperam ampliar em 14% o seu quadro de pessoal. Desembarques Apesar da alta no faturamento, os desembarques internacionais no Brasil tiveram queda de 6,7% em 2006, na comparação com o ano anterior. Segundo o Ministério do Turismo, esses desembarques somaram 6,3 milhões no ano passado. Na avaliação de Favila, essa queda, que foi a primeira desde 2002, "reflete a crise da Varig". A companhia aérea, que no ano passado foi dividida e teve uma parte vendida aos novos donos de sua antiga subsidiária, a VarigLog, detinha 75% das rotas internacionais e, por isso, sua crise afetou profundamente a oferta de assentos em vôos internacionais. Segundo Favila, a estimativa é que tenham sido perdidos um milhão de assentos. Já em relação ao mercado doméstico, entretanto, houve um total de 46,3 milhões de desembarques, o que significou um crescimento de 7,4% em comparação a 2005. "Acreditamos que se não tivesse ocorrido a crise da Varig, o total de desembarques domésticos poderia ter ultrapassado os 50 milhões", comentou o secretário.

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