10 de setembro de 2013 | 02h04
"Nunca vi o varejo sem promoção. A situação hoje não é atípica", diz o presidente do Magazine Luiza, Marcelo Silva. Ele conta que a rede tem um volume de produtos ajustado à demanda.
Na concorrente Lojas Cem, o volume de produtos também é considerado normal. "Hoje o fabricante primeiro vende para depois produzir, não produz para depois vender", afirma o supervisor geral, José Domingos Alves, justificando que as fábricas estão ajustadas.
O diretor de marketing da Ri Happy, Mario Honorato, é outro que diz que na sua empresa não tem produto sobrando. "O planejamento é feito com um ano de antecedência e não consigo ver demanda enfraquecida."
As declarações dos executivos do varejo são confrontadas com um grande número de promoções. Segundo especialistas, dois fatores podem ter acirrado a competição nos últimos tempos e impulsionado as promoções mais agressivas nas lojas.
O primeiro fator é que o varejo não está crescendo no mesmo ritmo de 2012. Além disso, tirando o Natal, não há datas comemorativas de peso no segundo semestre. Por isso, seria preciso ser mais agressivo nas promoções para vender mais.
Setores da indústria também refutam o aumento dos estoques. "Não tenho ouvido reclamações, apesar de as vendas estarem mais fracas", disse o presidente Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
No setor de imobiliário, os estoques estão equilibrados, segundo o Secovi-SP. / M.C. E COLABORARAM FRANCISCO CARLOS DE ASSIS E LUIZ GUILHEME GERBELLI
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