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Empresas dos EUA pedem fim de tarifa sobre o etanol

Por AE
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, recebeu ontem carta de 35 entidades representativas da indústria de alimentos norte-americana pedindo o fim da tarifa cobrada pelo país na importação de álcool combustível. Além das entidades, assinam a carta empresas como PepsiCo., Coca-Cola, Tyson Foods, Pilgrims Pride, entre outras. Na carta, o grupo clamou que o presidente americano exerça suas prerrogativas constitucionais para derrubar a tarifa sobre a importação de etanol sem a aprovação do Congresso, devido à "severa" e "inesperada" inflação dos alimentos, seu potencial impacto sobre a economia americana e o mandato federal que determina a mistura de álcool na gasolina. Eles citaram a Lei Nacional de Emergências, a Lei de Tarifas de 1930, a Lei de Expansão Comercial e a Lei de Poderes Econômicos Internacionais de Emergência para embasar seu pedido. "A suspensão da tarifa de 54 cents sobre o galão de etanol importado vai beneficiar os americanos, gerando maior competição de mercado para um produto de uso obrigatório e gerando uma pressão de baixa para os preços do etanol e sua matéria-prima [o milho]", afirma a carta. As empresas afirmaram ainda que produtores de "laticínios, gado e aves, fabricantes de alimentos e bebidas, os empregados dessas indústrias e os consumidores americanos seriam beneficiados pela ação". As empresas lembraram ainda que, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os estoques de milho do país serão os mais baixos desde 1930 no final da próxima safra. Atualmente, um terço de toda a produção americana de milho é destinada à fabricação de etanol. E citaram o presidente do Federal Reserve (banco central americano), Ben Bernanke, que recentemente sugeriu a eliminação da tarifa sobre o etanol para aliviar a inflação dos alimentos.

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