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Empresas exportadoras derrubam mercados asiáticos

Por KEVIN PLUMBERG
Atualização:

As principais bolsas asiáticas recuaram nesta terça-feira após o Dow Jones fechar em seu pior nível em três meses, fomentando temores de um recuo na demanda de exportações com os preços do petróleo se mantendo alto. Às 7h55 (horário de Brasília), o índice MSCI da Ásia Pacífico exceto Japão perdia 1,89 pontos, para 446 pontos, próximo ao final dos negócios. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio encerrou com forte desvalorização de 2,23 por cento, a 14.130 pontos, acumulando assim perdas de 7,7 por cento no ano. Montadoras como a Honda Motor e a Toyota Motor, sensíveis às flutuações nos preços dos combustíveis e dólar, figuravam entre as maiores perdas do índice. "As exportações sustentam a economia japonesa e não tem como o país não ser afetado. As bolsas em Xangai e Vietnã já estão cedendo", afirmou Takahiko Murai, gerente-geral de ações na Nozomi Securities, em Tóquio. As ações na região da Ásia Pacífico perderam 2,28 por cento, a 125 pontos, dando fim a uma seqüência de três dias de ganhos e fazendo as quedas acumuladas no ano ficarem em 16 por cento. Na China, as expectativas de que Pequim iria ao auxílio do aflito mercado de ações não foram correspondidas, fazendo os investidores derrubarem a bolsa de Xangai em 6,54 por cento, para 2.748 pontos, depois de ela já ter recuado para seu pior patamar em 15 meses na véspera. O índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong seguiu a tendência de queda e perdeu 2,26 por cento, a 22.797 pontos. Na austrália, a bolsa perdeu 1,41 por cento, com 5.366 pontos. Contudo, o cenário não era de todo negativo. O JPMorgan elevou a China para "overweight" em seu portfólio modelo de Ásia e mercados emergentes com base na visão de que um iuan mais forte irá ajudar a conter a inflação à medida em que Pequim muda o foco de administrar as pressões nos preços para estimular o crescimento.

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