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Empresas já perdem vendas com real valorizado, alerta Furlan

Apesar disso, Furlan espera que o País consiga dobrar sua exportações em 4 anos. As vendas externas saltariam de US$ 60 bilhões, no início do governo em 2003, para US$ 120 bilhões no fim de 2006.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que algumas empresas já estão perdendo as condições de vendas de seus produtos no mercado externo em função da valorização do real frente ao dólar. Segundo ele, as empresas do setor automotivo, por exemplo, estão revendo contratos, porque acham que não é rentável fazer investimentos com essa taxa de câmbio. "Não são temas de fácil solução, mas indicam que podemos ter queda das exportações, principalmente de manufaturados", disse Furlan, citando o setor de calçados. "Podemos ter risco de perder um número significativo de empregos e investimentos, principalmente de alta tecnologia", afirmou o ministro. Apesar disso, Furlan espera que o País consiga dobrar sua exportações em quatro anos. Segundo ele, as vendas externas devem saltar de US$ 60 bilhões no início do governo em 2003, para US$ 120 bilhões no fim de 2006. Furlan disse que o aumento das exportações e a política industrial são as duas prioridades do seu ministério. Segundo ele, o aumento das vendas externas é uma prioridade de curto prazo, porque impacta no aumento do emprego e do PIB. Números da CNI Números da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados hoje demonstram arrefecimento da atividade neste início de ano, mas "com sinais dúbios" no mercado de trabalho, que mostram que esse desempenho ainda não afetou as perspectivas de crescimento para 2005. De acordo com Flávio Castelo Branco, que coordena a equipe econômica da CNI, a política de juros altos adotada pela equipe econômica do governo, além de reduzir as vendas internas da indústria, está prejudicando a receita de exportações. Segundo ele, este cenário ainda pode comprometer novos investimentos industriais, mesmo para investidores que possam ter fontes de financiamento não afetadas diretamente pelos juros internos.

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