PUBLICIDADE

Empresas pedem veto a saques do FGTS para amortização de dívidas do Fies

Na avaliação do representante das construtoras, a medida vai gerar um rombo de R$ 27 bilhões e comprometer o financiamento à compra e construção de imóveis residenciais no País

Foto do author Circe Bonatelli
Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz, pediu aos congressistas que vetem a liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortização ou quitação de financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A expectativa é que, no fim de 2017, a dívida do Fies atingirá R$ 90 bilhões, enquanto a disponibilidade atual do FGTS é de cerca de R$ 80 bilhões. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

PUBLICIDADE

Na avaliação do representante das construtoras, a medida vai gerar um rombo de R$ 27 bilhões no FGTS e comprometer o financiamento à compra e construção de imóveis residenciais no País.

"O FGTS deixaria de ser um fundo que objetiva investimento em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana, além de ser pecúlio proporcional ao tempo de serviço para o trabalhador, e passaria a ser apenas uma conta corrente", afirmou Romeu Ferraz, em carta enviada nesta terça-feira, 10, pelo sindicato aos membros da Comissão Mista do Congresso encarregada do exame da Medida Provisória que modifica as regras do Fies.

++ Veja como calcular a remuneração extra do seu FGTS

O presidente do sindicato afirmou que, no fim de 2017, a dívida do Fies atingirá R$ 90 bilhões, enquanto a disponibilidade atual do FGTS é de cerca de R$ 80 bilhões. "Se a proposta for aprovada, teremos o colapso do crédito habitacional para a baixa renda e a redução drástica das obras de saneamento e mobilidade urbana, principalmente aquelas promovidas pelas prefeituras", apontou.

Ele também argumentou que o novo Fies não foi estruturado pelo governo federal com base nos recursos do FGTS, mas sim com base no Orçamento Geral da União. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.