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Empresas se unem para disputar mercado de US$ 5,7 bilhões

Lupatech, que atua no setor de petróleo, se associa à Penta Oil Field para disputar fatia de mercado na América Latina

Por Kelly Lima
Atualização:

/ RIO De olho num mercado potencial de US$ 5,7 bilhões em 2015 na América Latina, a Lupatech, fornecedora brasileira de equipamentos e serviços para o setor de petróleo, se associou à pequena e recém-composta Penta Oil Field. O objetivo é disputar negócios com multinacionais que atuam na região e abocanhar uma fatia de 12% desse mercado nos próximos cinco anos. Com investimentos de US$ 16 milhões, a companhia criou a Lupatech Oil Field Services (Lofs) para prestação de serviços a empresas perfuradoras de poços de petróleo em terra e mar. "Não há uma empresa de porte ainda estruturada na América Latina para atuar nesse segmento. No Brasil, ainda são pequenas empresas ou estrangeiras que fazem este serviço", disse o presidente da Lupatech, Nestor Perini. As americanas Halliburton e Baker Hughes, além da francesa Schlumberger, dividem a liderança do segmento. A nova empresa já nasce adquirindo a Hydrocarbon Services (HS) na Colômbia, que fechou 2009 com receita de US$ 12,5 milhões. "Com o aquecimento do mercado previsto para este ano, esperamos crescimento de 40% nessa receita, mas ainda vamos investir em melhorias que devem nos garantir retorno ainda maior", disse o diretor financeiro da Lupatech, Thiago Alonso de Oliveira. Ele avalia que a maior expansão (66,7%) virá do mercado colombiano nos próximos anos. O Brasil deve crescer 50% e o México, 20%. A nova empresa contará com nomes de peso do setor de petróleo, entre eles o ex-presidente da Repsol e atual presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos De Luca. Segundo ele, a companhia já avalia possíveis aquisições de empresas no Brasil, na área terrestre, e deve anunciar negócio nessa linha nos próximos meses. Para 2011, a companhia pretende atuar também na área marítima (offshore). A ideia, segundo ele, é iniciar a atuação no Brasil em poços maduros para conquistar "reputação" e tentar participar de licitações da Petrobrás para elevar sua fatia no mercado. Resultados. O diretor financeiro da Lupatech, Thiago Alonso de Oliveira, disse que os resultados da companhia em 2009 foram impactados negativamente pela crise econômica e pela queda no preço do barril de petróleo no mercado internacional. "Muitos clientes postergaram investimentos e isso fez com que a demanda caísse. A demanda menor, associada a preços mais baixos, provocou um cenário desfavorável aos nossos negócios." A empresa anunciou anteontem a queda de 21,2% em sua receita líquida entre 2009 e 2008, para R$ 55,162 milhões. Segundo ele, a empresa aposta na recuperação do mercado em 2010 e na perspectiva de encerrar o ano com uma média de 50% de utilização de sua capacidade. A recuperação, acredita, deve se dar principalmente pela retomada do preço do barril do petróleo, que passou da média dos US$ 40 para mais de US$ 70. Além disso, ele lembrou que a empresa possui hoje uma carteira de R$ 770 milhões, dos quais R$ 390 milhões devem ser convertidos em receita ao longo deste ano.

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