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Empresas tentam contornar baixa produtividade nacional

Na indústria de máquinas, idade média dos equipamentos chega a 20 anos; na Alemanha, fica entre 5 e 7 anos

Por Luiz Guilherme Gerbelli
Atualização:

SÃO PAULO - Na realidade das empresas brasileiras, a baixa produtividade do Brasil acaba sendo exemplificada de diversas maneiras. Na indústria de máquinas e equipamentos, a idade média do parque fabril está entre 17 e 20 anos, o que torna as empresas menos eficientes e competitivas. Na Alemanha, umas das principais economias industriais do mundo, varia de 5 a 7 anos. 

“Como não há investimento no País, o maquinário brasileiro foi envelhecendo”, afirma José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). “Há 20 anos, praticamente não existia internet. A tecnologia sempre avançou de forma rápida e, depois do surgimento da internet, foi mais rápido ainda”, afirma.

Comitê fez Vectra Work ampliar produção em 18% Foto: Divulgação

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Alento. Há, porém, iniciativas individuais de empresas que, de alguma forma, estão trazendo alento e ajudando a contornar a baixa produtividade da indústria nacional.   A fabricante de uniformes Vectra Work, por exemplo, criou um comitê dentro da companhia com o objetivo de aumentar a produtividade, após notar uma queda na rentabilidade. As ideias viraram um plano de ação em todos os setores e hoje a empresa consegue produzir 18% a mais com a mesma quantidade de funcionários. “Nós conseguimos hoje produzir produtos de maior valor agregado”, diz Ronaldo da Silva, diretor-geral da companhia.

Na fabricante de roupas infantis Brandili, a mudança na expedição, que passou a ser robotizada neste ano, e na estrutura do estoque - que passou a ser vertical - fez com que a empresa conseguisse elevar a produtividade. A expedição pode hoje atender 528 pedidos simultâneos. Antes, eram 478.

“Também conseguimos reduzir em 30% a quantidade de mão de obra na expedição”, diz Sigfrid Hornburg, gerente de logística da Brandili. 

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